| *** EL CAMINITO *** *** LA BOMBONERA *** 2. Dia - Manhã |
Data: __ de ______ de 20__
El Caminito é um dos lugares mais visitados de Buenos Aires, mas atenção, ele pode ser uma decepção para quem chega lá esperando algo grandioso e se depara com uma ruazinha de poucos metros e poucas das tão famosas casas de zinco.
Seu apelido deve-se à sua forma retangular como a de uma caixa de bombons. A principal razão para isso é o reduzido espaço que fora destinado à sua construção, iniciada em 1923. A solução encontrada pelo arquiteto José Luiz Delpini, que lhe rendeu vários prêmios, foi a de criar três anéis de arquibancadas, de modo que quem assiste ao jogo da terceira arquibancada tem de olhar para baixo se quiser assistir ao jogo com clareza.
Existe uma tragédia neste estádio que até hoje é contada quando se fala na história do La Bombonera. Durante uma partida válida pelo Torneio Metropolitano de 1983 entre Boca Juniors e Racing antes do início do clássico, um sinalizador naval foi lançado pela torcida organizada do Boca conhecida por La Doze. O artefato cruzou toda a extensão do campo de jogo e atingiu Roberto Basile, que era torcedor do Racing e tinha 26 anos de idade. O explosivo penetrou a garganta de Basile, que morreu imediatamente. Mesmo com o incidente, a partida não foi suspensa pois as autoridades da época alegaram que o cancelamento poderia causar um tumulto maior e terminou empatada em 2 a 2. O resultado, porém, foi o de menos. Dois torcedores do Boca Juniors, Roberto Caamaño e Miguel Eliseo Herrera, foram apontados como culpados e condenados a três anos de prisão. Tempos depois eles foram absolvidos sob a alegação de homicídio culposo.
Mapa
El Caminito fica no Bairro de La Boca, no sul de Buenos Aires e pertinho do Estádio da Bombonera, do Boca Juniors. A região portuária era dominada por imigrantes italianos que vieram para o país no século 19 trabalhar na região e eles construíram suas casas conhecidas como “conventillos” com sobras de zinco e as pintavam com a tinta que sobrava da pintura dos navios nas oficinas do porto, o que provocou essa enorme diversidade incrível de cores.
El Caminito
Por isso El Caminito tem essas casinhas coloridas, mas nem sempre foi assim. Naquela mesma rua curva, passava uma linha de trem que foi removida no fim dos anos 1920 e depois o lugar ficou abandonado.
Na década de 1950, um grupo de moradores, incluindo o famoso pintor Boca Quinquela, decidiu restaurar a região. Foi o pintor que batizou a rua como “Caminito”, nome de um popular tango de 1926 da dupla Peñalosa e Filiberto.
As Casinhas Coloridas
Bonecos típicos nas ruas do El Caminito
Em 1959, El Caminito virou um museu a céu aberto, sem portas, que ajuda a contar a história de Buenos Aires e dos imigrantes que trabalharam na construção da cidade. Lembrando que na época, as condições de vida nos "conventillos" eram muito carentes e miseráveis. Hoje, alguns "conventillos" foram transformados em lojas de souvenirs e você pode visitar.
Os Convertillos
Os Convertillos
O El Caminito é uma rua que guarda esse aspecto da história de Buenos Aires, que foi revitalizada e modificada para atender objetivos turísticos. É povoado por inúmeros artistas, dançarinos de tango e restaurantes. É muito legal ver toda essa efervescência artística e popular. Mas ouvi críticas dizendo que chega a ser invasivo. Dançarinos lhe pegam para dançar e depois querem cobrar um valor absurdo em dólares. Garçons de restaurantes dessa região tentam lhe pegar no laço e até andam atrás de você. E assim por diante… O apelo turístico é exagerado. Esse foi o único lugar em Buenos Aires que isso ocorreu.
Shows de tango
Nesse lugar você vai encontrar muitos souvenirs, como chaveiros, imãs de geladeira e outros pequenos mimos. Essas coisas são até baratas, mas fora isso não vale a pena comprar nada nessa ruela turística.
As bugigangas... nenhuma viagem está completa sem elas!!!!
Apesar de ser uma região muito visitada por turistas durante o dia, o restante do bairro é um pouco perigoso, especialmente a noite. O ideal é ficar só no El Caminito e não circular por muito longe dali. O bairro La Boca possui um índice significativo de furtos/roubos, segundo os próprios moradores e frequentadores.
Como chegar ao El Caminito:
A região não é atendida pelo metrô, a forma mais econômica é de ônibus, as linhas número 29, 33, 64, 53 e 152 passam na entrada da rua. Você também pode ir de taxi se achar mais cômodo.
Atrações na área de El Caminito:
Museu de Arte Quinquela Martín - Endereço: Av. Pedro de Mendoza 1835
Teatro de la Ribera - Endereço: Pedro de Mendoza 1821
Centro Cultural Fundação Proa - Endereço: Av. Pedro de Mendoza 1929
Museu de Cera - Endereço: Del Valle Iberlucea 1261
Bar La Perla - Endereço: Magallanes e Del Valle Iberlucea
Outra atração turística bem perto do El Caminito e que vale a pena esticar o passeio é o famoso Estádio La Bombonera.
La Bombonera, oficialmente Estádio Alberto J. Armando, é o estádio do Club Atlético Boca Juniors. Sua capacidade atual é para 49.000 pessoas. O campo segue as medidas mínimas permitidas pela FIFA de 105m x 68m. O nome oficial homenageia o ex-presidente Alberto José Armando.
Seu apelido deve-se à sua forma retangular como a de uma caixa de bombons. A principal razão para isso é o reduzido espaço que fora destinado à sua construção, iniciada em 1923. A solução encontrada pelo arquiteto José Luiz Delpini, que lhe rendeu vários prêmios, foi a de criar três anéis de arquibancadas, de modo que quem assiste ao jogo da terceira arquibancada tem de olhar para baixo se quiser assistir ao jogo com clareza.
Visão aérea
Existe uma tragédia neste estádio que até hoje é contada quando se fala na história do La Bombonera. Durante uma partida válida pelo Torneio Metropolitano de 1983 entre Boca Juniors e Racing antes do início do clássico, um sinalizador naval foi lançado pela torcida organizada do Boca conhecida por La Doze. O artefato cruzou toda a extensão do campo de jogo e atingiu Roberto Basile, que era torcedor do Racing e tinha 26 anos de idade. O explosivo penetrou a garganta de Basile, que morreu imediatamente. Mesmo com o incidente, a partida não foi suspensa pois as autoridades da época alegaram que o cancelamento poderia causar um tumulto maior e terminou empatada em 2 a 2. O resultado, porém, foi o de menos. Dois torcedores do Boca Juniors, Roberto Caamaño e Miguel Eliseo Herrera, foram apontados como culpados e condenados a três anos de prisão. Tempos depois eles foram absolvidos sob a alegação de homicídio culposo.
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