| *** RECOLETA *** 5. Dia - Manhã |
Data: __ de ______ de 20__
A Recoleta é um bairro nobre de Buenos Aires e um dos mais luxuosos da capital argentina, onde você vai encontrar mansões e palácios chiquérrimos, lojas de grife, restaurantes e cafés adoráveis, entre outros pontos turísticos que ganharam destaque na cidade.
É um bairro muito bem arborizado e com ruas convidativas para fazer uma caminhada ou andar de bicicleta. Além disso, o bairro lembra muito a Europa por conta da arquitetura dos prédios. Aliás, dizem que é a Paris da América do Sul.
O bairro da Recoleta faz divisa com os bairros do Retiro à sudeste, San Nicolás, Balvanera e Almagro ao sul, Palermo ao noroeste e Rio da Prata ao nordeste. Seu nome vem do Convento dos Padres Recoletos, os membros da ordem franciscana que se instalaram na área no início do século XVIII, quando foi fundado um convento e uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Pilar com um cemitério ao lado do convento. O centro histórico do bairro era a igreja paroquial do Pilar, cuja construção foi concluída em 1732, por essa razão, algumas vezes o distrito foi chamado de El Pilar.
Até 1871, a aristocracia portenha vivia em San Telmo, mas naquele ano um surto de febre amarela obrigou as famílias mais ricas a deixarem o bairro, por sua proximidade com o Rio, instalando-se na Recoleta. Aqui, construíram seus palacetes inspirados na arquitetura européia, principalmente francesa, e daí vem seu apelido “Petit Paris de Buenos Aires“. Infelizmente, muitas destas mansões foram demolidas no final dos anos 1950 e início de 1960. Hoje, os edifícios tradicionais que continuam em pé coexistem com modernos edifícios elegantes. Desde então, a Recoleta é um dos mais elegantes e caros bairros de Buenos Aires.
Com suas boutiques de marca, edifícios pomposos dos quais muitos deles acomodam várias embaixadas, pracinhas charmosas e uma infinidade de restaurantes e cafés.
Durante os passeios pelo City Tour Avenidas já vimos algumas das atrações do bairro como Avenida Alvear, a Avenida Santa Fé e a Livraria El Ateneo Splendid, o Museu Nacional de Belas Artes, a Floralis Generica, o Palais de Glace, a Faculdade de Direito, entre outros, e para relembrar sobre eles é só visitar as páginas City Tour Avenidas 1 e City Tour Avenidas 2. Nessa página vou falar somente das atrações turísticas que não foram visitadas durante o City Tour Avenidas.
Vamos começar nosso passeio pela atração túristica mais famosa, pra não dizer inusitada, que é o Cemitério da Recoleta, um dos mais famosos de Buenos Aires. Considerado um museu a céu aberto, o cemitério ganhou fama devido ao luxo das lápides e dos diversos estilos arquitetônicos dos túmulos, sem contar na infinidade de histórias e lendas que são contadas pelos guias turísticos e pelos portenhos de modo geral. Uma das coisas que mais surpreende e dá até um certo frio na espinha é que alguns mausoléus ficam com as portas entreabertas, mesmo que fechadas com um cadeado frouxo, e os caixões dentro delas estão expostos e não são enterrados sob o solo. É de arrepiar os cabelinhos da nuca!!!
Os túmulos são verdadeiras obras de arte, alguns tão grandes quanto pequenas igrejas, mas alguns deles devem ser visitados mais pelas histórias em que se encontram envolvidos. Um ponto turístico pra lá de diferente e lugar onde descansam os maiores ícones da história da Argentina, como Eva Péron.
Certifique-se de pegar um mapa na entrada porque o local contém nada menos que 6.400 túmulos. Cada um é único, e foram construído em uma variedade enorme de estilos arquitetônicos, você vai encontrar de tudo, desde templos gregos até catedrais barrocas em miniatura.
O cemitério foi construído em 1822 e nele descansam as principais figuras da história do país como presidentes, cientistas, escritores, lideres políticos, dois vencedores do Prêmio Nobel e vários artistas e atletas. Com tanta celebridade descansando por lá, o cemitério até virou um símbolo de status e poder econômico do século XIX, pois as famílias pareciam disputar o título de quem tinha o jazigo mais bonito. As abóbadas são na maior parte das famílias mais aristocráticas do país e muitas delas são obras de importantes arquitetos e artistas internacionais. Os mausoléus são na maioria feitos em mármore e enfeitados com esculturas como anjos e virgens. Quer mais? Existem mais de 70 sepulturas no cemitério que foram declaradas Patrimônio Histórico Nacional.
É um bairro muito bem arborizado e com ruas convidativas para fazer uma caminhada ou andar de bicicleta. Além disso, o bairro lembra muito a Europa por conta da arquitetura dos prédios. Aliás, dizem que é a Paris da América do Sul.
O bairro da Recoleta faz divisa com os bairros do Retiro à sudeste, San Nicolás, Balvanera e Almagro ao sul, Palermo ao noroeste e Rio da Prata ao nordeste. Seu nome vem do Convento dos Padres Recoletos, os membros da ordem franciscana que se instalaram na área no início do século XVIII, quando foi fundado um convento e uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Pilar com um cemitério ao lado do convento. O centro histórico do bairro era a igreja paroquial do Pilar, cuja construção foi concluída em 1732, por essa razão, algumas vezes o distrito foi chamado de El Pilar.
Até 1871, a aristocracia portenha vivia em San Telmo, mas naquele ano um surto de febre amarela obrigou as famílias mais ricas a deixarem o bairro, por sua proximidade com o Rio, instalando-se na Recoleta. Aqui, construíram seus palacetes inspirados na arquitetura européia, principalmente francesa, e daí vem seu apelido “Petit Paris de Buenos Aires“. Infelizmente, muitas destas mansões foram demolidas no final dos anos 1950 e início de 1960. Hoje, os edifícios tradicionais que continuam em pé coexistem com modernos edifícios elegantes. Desde então, a Recoleta é um dos mais elegantes e caros bairros de Buenos Aires.
Com suas boutiques de marca, edifícios pomposos dos quais muitos deles acomodam várias embaixadas, pracinhas charmosas e uma infinidade de restaurantes e cafés.
Durante os passeios pelo City Tour Avenidas já vimos algumas das atrações do bairro como Avenida Alvear, a Avenida Santa Fé e a Livraria El Ateneo Splendid, o Museu Nacional de Belas Artes, a Floralis Generica, o Palais de Glace, a Faculdade de Direito, entre outros, e para relembrar sobre eles é só visitar as páginas City Tour Avenidas 1 e City Tour Avenidas 2. Nessa página vou falar somente das atrações turísticas que não foram visitadas durante o City Tour Avenidas.
Vamos começar nosso passeio pela atração túristica mais famosa, pra não dizer inusitada, que é o Cemitério da Recoleta, um dos mais famosos de Buenos Aires. Considerado um museu a céu aberto, o cemitério ganhou fama devido ao luxo das lápides e dos diversos estilos arquitetônicos dos túmulos, sem contar na infinidade de histórias e lendas que são contadas pelos guias turísticos e pelos portenhos de modo geral. Uma das coisas que mais surpreende e dá até um certo frio na espinha é que alguns mausoléus ficam com as portas entreabertas, mesmo que fechadas com um cadeado frouxo, e os caixões dentro delas estão expostos e não são enterrados sob o solo. É de arrepiar os cabelinhos da nuca!!!
Os túmulos são verdadeiras obras de arte, alguns tão grandes quanto pequenas igrejas, mas alguns deles devem ser visitados mais pelas histórias em que se encontram envolvidos. Um ponto turístico pra lá de diferente e lugar onde descansam os maiores ícones da história da Argentina, como Eva Péron.
Certifique-se de pegar um mapa na entrada porque o local contém nada menos que 6.400 túmulos. Cada um é único, e foram construído em uma variedade enorme de estilos arquitetônicos, você vai encontrar de tudo, desde templos gregos até catedrais barrocas em miniatura.
O cemitério foi construído em 1822 e nele descansam as principais figuras da história do país como presidentes, cientistas, escritores, lideres políticos, dois vencedores do Prêmio Nobel e vários artistas e atletas. Com tanta celebridade descansando por lá, o cemitério até virou um símbolo de status e poder econômico do século XIX, pois as famílias pareciam disputar o título de quem tinha o jazigo mais bonito. As abóbadas são na maior parte das famílias mais aristocráticas do país e muitas delas são obras de importantes arquitetos e artistas internacionais. Os mausoléus são na maioria feitos em mármore e enfeitados com esculturas como anjos e virgens. Quer mais? Existem mais de 70 sepulturas no cemitério que foram declaradas Patrimônio Histórico Nacional.
O túmulo mais visitado do cemitério é o de uma das mulheres mais importantes e poderosas da Argentina, Eva Duarte Perón, também conhecida como Evita, que foi a primeira mulher de Juan Domingo Perón, presidente da Argentina na época.
O túmulo dela não está entre um dos mais bonitos, aliás, é bem simples e até mesmo difícil de encontrar, fica na quadra C-7. Comparado com os outros mausoléus, o de Evita é simples e fica em uma quadra estreita, facilmente passa-se por ele sem notá-lo mas está sempre rodeado de flores frescas todos os dias deixadas por seus admiradores.
Uma curiosidade sobre o corpo de Evita é que ela já rodou o mundo antes de ser sepultado definitivamente no Cemitério da Recoleta. Evita Perón faleceu no dia 26 de julho de 1952 por causa de um agressivo câncer de útero. Após a sua morte, ela foi embalsamada e seu corpo ficou exposto, recebendo visitas da população que lamentava a morte do ícone do populismo argentino. O corpo ficou exposto até 1955 quando os militares derrubaram Peron, esposo de Evita, e assumiram o poder. Para o corpo de Evita não virar um símbolo contra a queda de Peron, os militares o roubaram e então se iniciou uma verdadeira via sacra. Um militar foi incumbido de sepultá-la secretamente, mas ele ficou andando com o corpo de Evita dentro de um furgão por Buenos Aires durante dias. Depois que este boato começou a se espalhar, a população começou a se alarmar, pixando em muros frases como: "Onde está o corpo de Evita?". Pressionados, os militares começaram a “Operação Traslado”, que levou o corpo dela para a Itália e a enterraram com o nome de “Maria Maggis de Maggistris”. O corpo só voltou para a Argentina depois de quase duas décadas, em 1976, para ser enterrado no túmulo da família Duarte, família de Evita, no cemitério da Recoleta.
Além da história de pessoas famosas, o cemitério da Recoleta também está cheio de curiosidades sobre pessoas que antes eram desconhecidas, mas que ficaram famosas depois de falecerem. Algumas histórias são apenas lendas, outras de fato aconteceram. Vamos lá conhecer algumas dessas histórias que fazem parte do tour pelo Cemitério da Recoleta.
A primeira delas conta a história de Liliana Crociati de Szaszak (1944-1970), uma jovem de 26 anos que morreu durante sua viagem de Lua de Mel em Innsbruck, Austria, onde uma avalanche atingiu seu quarto no hotel em que estava hospedada, matando-a na mesma hora. Seu marido foi resgatado somente com ferimentos e viveu até 1996. A tumba de Liliana fica na quadra D-9 e está sempre bem cuidada pelo pessoal do cemitério e seus pais a enchem de flores de todo tipo, como gostaria sua filha. De vez em quando, dizem que um personagem misterioso deixa um ramo de flores, porém ele nunca se deixa ver e sempre escapa quando se aproxima algum vigia ou cuidador do cemitério.
O curioso é que no mesmo dia da morte de Liliana, lá em Buenos Aires, separados por mais de 14 mil quilômetros de distância, seu cachorro e fiel amigo Sabú também falecia. O túmulo foi projetado por sua mãe no estilo gótico, o que destoou dos demais túmulos do cemitério. Adjacente à tumba, há um "pódio" de pedra adornado com uma placa, onde se lê um poema escrito pelo pai de Liliana em língua italiana. O escultor Wíeredovol Viladrich esculpiu a estátua em tamanho real de Liliana, com seu vestido de noiva e o anel de casamento, e ao seu lado uma estátua de seu cachorro Sabú. O detalhe da mão da dona acariciando a cabeça do animal faz encher os olhos de lágrimas.
Túmulo de Liliana Crociati
Outra história super comovente é a da jovem Rufina Cambaceres (1883-1902), filha do escritor argentino Eugenio Cambaceres e da dançarina italiana Luisa Bacichi, que faleceu com apenas 19 anos.
Quando Rufina completou 5 anos de idade, seu pai Eugênio faleceu de tuberculose e ficaram somente ela e sua mãe. Em 1902, no seu aniversário de 19 anos, sua mãe iria apresentá-la para a sociedade dando uma festa no Teatro Colón. Pouco antes de irem, Rufina recebeu de uma amiga uma notícia que seria fatal para ela. O único homem por quem havia se apaixonado mantinha relações com sua mãe. Com a revelação, Rufina ficou atônita e com a desculpa de ir se vestir foi para seu quarto. Quando foram procurar por ela a encontraram deitada ali, sem pulso ou respiração. A morte foi confirmada por médicos e ela, enterrada no cemitério da Recoleta.
O que não se sabia é que a jovem provavelmente sofria de catalepsia, doença em que a pessoa parece morta mas não está. No dia seguinte a seu enterro houve um deslocamento da terra acima do seu túmulo e foram verificar o que poderia ter ocorrido. Abriram seu caixão e encontraram o corpo da jovem fora da posição original e com marcas de unhas na tampa, nas mãos e no rosto. É provável que a garota se vendo dentro de um túmulo tenha sofrido um ataque cardíaco. Desde então, Rufina Cambaceres é conhecida como a garota que morreu duas vezes ou como a Dama de Branco que perambula pelo cemitério chorando seu coração partido.
Sua mãe encomendou uma imensa estátua simbolizando Rufina tentando abrir a porta eternamente e colocou diante de seu túmulo que está localizado na quadra E-9. Embora seus restos mortais estejam neste mausoléu até hoje, não há indicações suficientes para verificar o que realmente aconteceu.
Túmulo de Rufina Cambaceres
Outra história muito triste é a da jovem Elisa Brown, filha do famoso Almirante Brown e estava noiva do comandante Francis Drummond. Pai e noivo lutavam na Guerra Cisplatina, contra o Brasil, onde Francis acabou morrendo.
Oito meses depois da morte de seu noivo, Elisa ainda inconformada e triste com o fato de ter que viver sem o seu amor, decide se jogar no Rio da Plata com o vestido de noiva que havia sido encomendado para seu casamento, morrendo afogada.
Hoje, seus restos mortais estão expostos num caixão de bronze, feito com um dos canhões das embarcações onde seu noivo lutou. Seu túmulo é bem visível, pois se trata de um monumento verde que fica em uma esquina do cemitério, na quadra I-9.
Túmulo de Elisa Brown
Salvador Maria del Carril foi um proeminente jurista argentino e formulador de políticas, bem como o primeiro vice-presidente de seu país. Era casado com Tiburcia Domínguez del Carril. Porém ele é lembrado pelo péssimo relacionamento que tinha com sua esposa Tiburcia e como isso afetou sua vida e morte.
Depois de uma briga horrível, eles deixaram de se falar e assim ficaram por mais de 30 anos. Del Carríl inclusive fez uma carta pública dizendo que estava cansado das dívidas da mulher e não pagaria mais nenhum centavo do que ela devia.
Quando ele faleceu, sua esposa mandou construir um dos mais imponentes mausoléus do Cemitério da Recoleta, na quadra K-3. No alto, uma estátua do marido, confortavelmente sentado. Tiburcia morreu 15 anos depois. Seu corpo foi levado para o mausoléu e sua família fez-lhe o último desejo: o de colocar um busto seu de costas para o do marido.
Desunidos para sempre. Um ódio eterno.
Mausoléu de Salvador e Tiburcia
Outra história curiosa e quase tragicômica é a de David Alleno, coveiro do Cemitério da Recoleta. Desde criança via seus irmãos trabalharem no cemitério como vigias e seu sonho era fazer parte da equipe. Em 1881 seu sonho se transformou em realidade e fez uma promessa de que quando morresse seria sepultado ali. Mas para isso precisaria economizar a vida inteira. Foi o que fez.
Um dia, seu irmão mais velho ganhou na loteria e distribuiu o dinheiro entre todos os membros da família. Davi encontrou-se de um golpe com uma pequena fortuna em seu poder, e quase sem pensar, ele tomou uma passagem em um navio com destino a Gênova. Uma vez lá, ele procurou um escultor renomado e lhe pediu com base em uma fotografia em que ele aparecia com o espanador e o resto dos seus pertences de trabalho, para fazer uma estátua de tamanho real. Realizada a missão ele voltou com a estátua no mesmo barco a vapor.
Túmulo de Davi Alleno
Isabel Colonna-Walewski era a filha do Conde Alexandre Joseph Colonna-Walewski com Maria Anna di Ricci. O Conde Alexandre era filho ilegítimo de Napoleão com sua amante, a Condessa Maria Walewski.
Em 1847, seus pais Alexandre e Maria Anna chegaram a Buenos Aires e algumas semanas depois Maria Anna deu a luz a uma frágil e enferma criança a qual batizaram Isabel Elvira. O General Rosas ordenou que fosse atendida pelos melhores médicos, mas os esforços resultaram infrutíferos e apenas seis dias depois a menina faleceu.
Tempo depois os Walewski regressaram à França, mas decidiram deixar os restos mortais da menina que descansam na tumba da sua madrinha, Maria Sánchez de Thompson, ainda que não há nenhuma placa que a recorde.
Os cuidadores do cemitério comentam que certas noites se pode ouvir o choro de um bebê nessa tumba. E alguns contam que se alguém for suficientemente valente para se aproximar, pode ver a pequena Isabel chorando nos braços da sua madrinha.
Túmulo de Isabel Walewski
Um dos mais belos mausoléus do Cemitério da Recoleta é o de Juan Alberto Lartigau e pode-se dizer que é uma das mais comovedoras das esculturas.
O jovem Juan Alberto Lartigau foi secretario do Chefe de Polícia Ramón Falcón, e a escultura de sua tumba recria a fatalidade do ato anárquico que levou ambos a morte. Nela podemos apreciar o corpo sem vida de um jovem nos braços de sua mãe e a figura na parte superior, simbolizando a fatalidade, com seu punho fechado em um gesto de raiva e impotência pela perda de uma vida tão jovem.
Apropriadamente, Falcón e Lartigau estão enterrados um ao lado do outro no Cemitério da Recoleta, ambos com monumentos fantásticos. Na placa de Lartigau além de seu nome está a data do bombardeio com uma nota de que a tumba foi paga por doações públicas.
Ao lado está o túmulo de Ramón Falcón que além de ter sido o primeiro chefe da Polícia Federal foi o criador da escola de cadetes. Ele jaz esculpido em efígie, todo feito em bronze, em um trabalho executado pelo francês Leon Ernest Drivier. A escultura acima mostra um homem lutando com uma esfinge, meio mulher meio leão, e duas estátuas de mulheres vestidas de luto, que representam a dor, se aproximam de Falcón.
Em Novembro de 2018, um atentado com uma bomba caseira causou alguns pequenos danos ao mausoléu, visto que o artefato explodiu antes da hora causando graves ferimentos na mulher que estava segurando a bomba. Até hoje não ficou bem claro quais foram os motivos do atentado.
Túmulo de Juan Alberto Lartigau
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Um dos mausoléus mais originais do Cemitério da Recoleta é o do General Tomás Guido, que foi um militar, diplomata e político argentino. Além de atuar nas invasões inglesas e na Revolução de Maio de 1810, ele ofereceu seu talento de negociador durante os momentos difíceis da independência argentina.
Tómas Guido faleceu em 1866 e foi sepultado em um mausoléu em forma de gruta, até o centenário de sua morte, quando seus restos foram trasladados para a Catedral, junto com seu imortal companheiro, o General José de San Martín.
Esta tumba foi construida por um de seus filhos, o poeta Carlos Guido Spano, com suas próprias mãos, em homenagem a seu pai, símbolo da humildade com que sempre viveram e está localizado na seção 2-T. Em Janeiro de 1946 foi declarado Monumento Histórico Nacional.
Tómas Guido faleceu em 1866 e foi sepultado em um mausoléu em forma de gruta, até o centenário de sua morte, quando seus restos foram trasladados para a Catedral, junto com seu imortal companheiro, o General José de San Martín.
Esta tumba foi construida por um de seus filhos, o poeta Carlos Guido Spano, com suas próprias mãos, em homenagem a seu pai, símbolo da humildade com que sempre viveram e está localizado na seção 2-T. Em Janeiro de 1946 foi declarado Monumento Histórico Nacional.
Mausoléu de Tomás Guido
Por que é tão grande e impressionante? Porque a família Dorrego Ortiz Basualdo representava a mentalidade conservadora de um grupo de grandes proprietários de terras de Buenos Aires. Foi construída em forma de capela, em estilo francês e possui uma grande simbologia com a escultura em mármore que recria uma cena da Parábola das Virgens Sábias e das Virgens Loucas. A figura feminina é uma das virgens sábias que acende o candelabro de sete braços. O candelabro de sete ramificações é comum às religiões católica e judaica mas com significados diferentes. Uma cruz latina é observada com o emblema dos quatro evangelhos nas suas extremidades, o que indica que são católicos e, neste caso, o candelabro simboliza a luz e a salvação divinas.
Mausoléu Dorrego Ortiz Basualdo
Outro túmulo muito visitado é o de Luz María Garcia Velloso, que faleceu aos 15 anos de leucemia, em 1925. A ela se atribui também o nome de a “Dama de Blanco” e é uma das lendas urbanas mais conhecidas do mundo.
Conta a história que uma noite a menina saiu para dançar e conheceu um jovem. Os dois se sentiram muito atraídos um pelo outro e assim começou um amor à primeira vista. Ele lhe empresta a jaqueta para amenizar o frio e ela a mancha de café. O rapaz deixa a jaqueta com a promessa de ir buscá-la depois, usando o velho truque para voltar a vê-la. Porém, ao passar na casa dela para buscar a roupa, a mãe informa que ela morreu já há alguns anos e que está enterrada no Cemitério da Recoleta. O jovem não só encontra a tumba, senão que para sua surpresa e espanto, vê sobre o féretro sua jaqueta manchada de café. Versões contam que o rapaz enlouqueceu e outras que sai desesperado e horrorizado pela traumática imagem.
No entanto, algumas alternativas à história não fazem menção a visita à mãe e dizem que uma vez terminado o encontro, a jovem se dirige diretamente ao cemitério depois de terminar a noite. Momento no qual ele se dá conta que é um espectro, depois de seguí-la e constatar que ela se funde entre as tumbas.
A tumba de Luz María a representa dormindo, e se diz que sua mãe dormiu ali a seu lado por um tempo, durante os primeiros momentos depois da morte da Luz.
Túmulo de Luz Maria Garcia Velloso
Outro túmulo cuja história também é contada entre as tantas do Cemitério da Recoleta é o de Miguel Haines, o nobre esquecido. Seu pai era filho natural do Rei George IV da Inglaterra que chegou ao Uruguai durante as invasões inglesas e seu filho veio a Buenos Aires aos 20 anos, cego depois de uma falida operação na Europa.
Quando de sua morte, foi enterrado no setor 3 do cemitério. Mas por um descuido durante uma reforma em 1880 seus restos mortais desapareceram para sempre. Dizem que pela noite é possível ver um velho que perambula pelo cemitério. E que claramente veste roupas da época do seu falecimento. Porém, quando se aproximam, o espectro desaparece e que seguramente se trata do espírito do desaparecido.
Túmulo de Miguel Haines
E já terminando os mais famosos túmulos das personalidades argentinas encontramos o túmulo de Domingo Faustino Sarmiento, que foi um político, escritor e presidente da Argentina entre 1874-1868.
Este túmulo é facilmente reconhecido, porque é um obelisco em miniatura com um grande condor no topo. O sétimo presidente do país, um líder creditado pela organização do sistema educacional enquanto criticado por suas políticas eurocêntricas, Sarmiento projetou o túmulo antes de falecer em 1888, aos 77 anos de idade.
Túmulo de Domingo Faustino Sarmiento
Além dos túmulos e mausoléus citados acima, muitas outras personalidades e celebridades estão descansando no Cemitério da Recoleta, entre eles:
- Quase todos os Presidentes da Argentina, citando alguns: Bartolomé Mitre, Hipólito Yrigoyen, Luis Sáenz Peña, Agustín Pedro Justo, Luis Sáenz Peña, Marcelo Torcuato de Alvear, Raúl Alfonsín e sua esposa Maria Lorenza Barreneche, entre outros.
- Amalia Lacroze de Fortabat, fundadora do Museu de Arte Fortabat Art Collection.
- Luis Ángel Firpo, pugilista profissional e o primeiro latino-americano a desafiar o título de campeão mundial dos pesos pesados.
- Luis Federico Leloir, bioquímico, médico e Nobel de Química.
- Carlos Saavedra Lamas, acadêmico, político e o primeiro latino americano a receber o Nobel da Paz.
- Victoria Ocampo, escritora, intelectual e a primeira mulher admitida na Academia Argentina de Letras.
- Poetas e escritores como Silvina Ocampo, Adolfo Bioy Casares, Carlos Guido y Spano, Eduardo Mallea, Leopoldo Lugones, Miguel Cané.
Segue abaixo um mapa com alguns dos túmulos e mausoléus citados acima para você ter uma idéia de onde estão localizados. Para conseguir visualizá-lo bem, salve no seu computador que quando você abrir a imagem ela vai estar em tamanho maior. Mas lembrando que é melhor retirar na entrada o mapa oficial.
O cemitério está aberto todos os dias das 7h às 17:30. A visita é de graça e caso você tenha interesse, também é possível fazer uma visita guiada que acontece todos os dias às 15 horas.
Endereço: Calle Junín 1760, Recoleta
Site oficial do cemitério: www.cementeriorecoleta.com.ar
Quase em frente ao Cemitério da Recoleta encontra-se a Plaza Francia, projetada pelo arquiteto paisagista Carlos Thays, o mesmo que projetou o Parque Tres de Febrero, e que faz parte de um amplo conjunto de praças, incluindo a vizinha Plaza Intendente Alvear, a Plaza San Martín de Tours, a Plaza Juan XXIII, a Plaza Ramón J. Cárcano, a Plaza Dante e a Plaza Rubén Darío, entre outras.
A praça apesar de pequena é dominada pelo monumento chamado Da França à Argentina, do escultor francês Émile Peynot e que foi presenteado pela comunidade francesa por ocasião do centenário da Revolução de Maio, sendo inaugurado em 1910. É toda esculpida em mármore de Carrara e tem três figuras centrais de mármore branco que representam a Ciência, a Indústria e a Agricultura e Artes.
Seus quatro baixos-relevos em bronze evocam fatos centrais da história de ambos os países: a Primera Junta e a travessia dos Andes pela Argentina, e o assalto à Bastilha e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão pela França. As duas figuras femininas que coroam o monumento simbolizam Argentina e França, guiadas por um anjo que personifica a Glória. O monumento também apresenta placas que comemoram personalidades de origem francesa: o granadeiro Domingo Porteau, que morreu durante a Batalha de San Lorenzo na Guerra da Independência Argentina, e o escritor Émile Zola.
Também no local está localizada uma escultura que presta homenagem a Louis Braille, o criador da alfabetização e da linguagem para cegos, realizada em bronze por Lázaro Djibilian. Nela se vê a figura do pedagogo e professor lendo um documento com o sistema inventado por ele.
A estátua foi inaugurada em 16 de maio de 1978, e nos remonta um pouco à história de Louis Braille (1809-1852) que perdeu a vista quando criança em um acidente. Aos 10 anos, graças a uma bolsa, entra no Instituto Nacional para Jovens Cegos de Paris e aí conhece diferentes sistemas de instrução para não videntes, os que considera incompletos e com defeitos. Então, tenciona montar um novo alfabeto. Criou um novo sistema de leitura e escrita que consiste de um código que tem 63 caracteres formados online de um a seis pontos que impressos em destaque permitem a leitura através do toque.
Comparando com os anteriores, a leitura era mais rápida e simples, mas mesmo assim o sistema só foi oficializado dois anos após a sua morte. Em 1878 foi aprovado no Congresso Internacional de Paris como um sistema universal de ensino para não videntes.
Busto de Louis Braille
Ao lado da Plaza Francia fica a Plaza Intendente Alvear, que se localiza em frente à Igreja Nossa Senhora de Pilar, ao Centro Cultural Recoleta e ao próprio Cemitério da Recoleta.
As duas praças, Francia e Intendente Alvear muitas vezes se confundem, pois como são vizinhas acabam sendo equivocadamente chamadas pelo mesmo nome.
A Praça Intendente Alvear recebeu esse nome em homenagem ao primeiro intendente de Buenos Aires, Torcuato de Alvear. Como era de se esperar, tem também um monumento em homenagem a ele, inaugurado em 1900. Trata-se de um busto com sua imagem, instalado na parte inferior de uma coluna dórica, adornada com uma figura alada de bronze que simboliza “A Glória”. Na base, imagens em baixo relevo representam a abertura da Avenida de Maio, a pavimentação da Cidade e a urbanização da Recoleta. Os autores da obra foram A. Jons e Juan Lauer.
Outro monumento de destaque é a estátua equestre de Carlos Maria de Alvear, obra do escultor francês Antoine Bourdelle e considerado pelo autor como sua obra-prima dos grandes monumentos. O autor levou quase dez anos para concluir a escultura. Uma vez terminado, o monumento foi enviado da França para Buenos Aires em 1925. A escultura e o pedestal de granito rosa polido adornado com bronzes adicionais do artista permanecem em sua localização atual desde 12 de outubro de 1926.
Plaza Intendente Alvear
É nela que fica a famosa Feira de Artesanato que existe no local há mais de 30 anos, mas que só foi oficializada em 1974. Esta feira de artesanato acontece somente aos finais de semana e é administrada pelos próprios artesãos.
Nas barracas você vai encontrar todo tipo de artesanato local feitos pelos próprios donos das barracas, incluindo itens de cerâmica, couro, bijuterias e acessórios de moda, prata, vidro, madeira, metais, plásticos e têxteis em tecido e tear. Além das barracas, o local é frequentado por estátuas vivas e todos os tipos de eventos de rua como músicos, palhaços, malabaristas e marionetistas.
A feira acontece todos os sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h.
E também na Plaza Intendente Alvear fica a belíssima Igreja Nuestra Senora del Pilar, uma das obras mais lindas da arquitetura colonial em Buenos Aires. É o segundo templo mais antigo da cidade e um dos poucos bem preservados com a grande maioria de seus elementos originais desde os altares até os objetos de decoração e adoração.
Deve seu nome à patrona da cidade de Zaragoza, onde nasceu Juan de Narbona a quem foi autorizado, no ano 1716, a construir o templo. A primeira capela foi inaugurada no ano 1732, como templo do Convento dos Franciscanos Recoletos. Possui estilo barroco e teve a fachada projetada por Frei Andrés Blanqui, mas foi terminada por Juan Bautista Prémoli.
Em 1821 foi fechada por vários anos e em sua antiga horta criou-se o Cemitério da Recoleta. No ano de 1834 serviu como um asilo de mendigos e, depois, de idosos. Em 1936, o Papa Pio XII nomeou-a Basílica e no 21 de maio de 1942 foi declarada Monumento Histórico Nacional.
Ao lado da igreja funciona um pequeno museu onde antigamente ficavam os claustros dos frades Recoletos. Nos três andares do Museu é possível apreciar obras de arte sacra como pinturas, esculturas, livros, móveis, pratarias e imagens de santos e outros objetos dos séculos XIV ao XIX. O museu abre de segunda à sábado, das 10:30 às 18 h.
Lembrando que nas proximidades das praças Francia e Intendente Alvear ficam localizadas algumas das atrações que já vimos no City Tour Avenidas, como o Palais de Glace, a Avenida Alvear, o Museu Nacional de Belas Artes, o MALBA e o Museo Nacional de Arte Decorativo.
E ainda na Praça Intendente Alvear, bem pertinho da Igreja Nuestra Senora del Pilar, fica o Centro Cultural Recoleta, um complexo com várias estruturas que conta com 27 salas de exposições, um micro-cine, um auditório e um anfiteatro. Se desenvolvem no lugar numerosas atividades desde exposições de artes plásticas, recitais, concertos, representações teatrais e eventos. Além disso, conta com uma área de formação que oferece cursos e oficinas, e um laboratório de investigação e produção musical equipado com a mais avançada tecnologia.
Originalmente o espaço era onde funcionava o claustro da Igreja Nuestra Senora del Pilar, e foi construído em 1732 em terrenos doados por Dom Fernando de Valdez e Inclán e sua esposa, segundo o desenho dos arquitetos jesuítas alemães Johann Kraus e Johann Wolff, enquanto o desenho da fachada e dos espaços interiores são atribuídos ao arquiteto italiano Andrea Bianchi.
Desenho do Complexo da Recoleta: Igreja e Centro Cultural
Com a Revolução de Maio e a Independência da Argentina, os frades nascidos na Espanha foram transferidos para Catamarca, por se oporem à Primera Junta, e então o edifício mudou de funções: Manuel Belgrano criou lá uma Academia de Desenho, dirigida pelo padre Francisco de Paula Castañeda.
Em 1822, devido à Reforma Eclesiástica impulsionada pelo ministro Bernardino Rivadavia, o Governador Martín Rodríguez instalou no local o Asilo de Mendigos. Os edifícios passaram a ser para uso público e também se tornaram uma escola de agricultura, jardim botânico, prisão e quartel.
Em 1828, as tropas do General Juan Lavalle instalaram-se no antigo Convento, dando início à rebelião em que seria assassinado o Governador Manuel Dorrego. Em 1834, por iniciativa de Juan José Viamonte, um setor transformou-se no primeiro hospital universitário da cidade e outra parte foi destinada a um asilo para doentes mentais. Em Outubro de 1858 o Governador Valentín Alsina inaugurou também o Lar de Mendigos, que se tornou no Lar de Inválidos, quando foi proibida a mendicância nas ruas.
Foto da Igreja Del Pilar com o Cemitério Recoleta por volta de 1800
Durante dez anos, o lar funcionou sob a direcção da Corporação Municipal de Buenos Aires, mas a grave situação financeira integrou a administração da instituição à ordem das irmãs de São Vicente do Paul. Recuperou-se o caráter do antigo convento e as freiras reordenaram o lar, mantendo-se a cargo do agora Lar de Idosos durante todo o século seguinte.
Com o passar do tempo o bairro da Recoleta conheceu um lento período de decadência e deteriorou-se, situação que afetou em especial o Lar de Mendigos que em 1944 passou a chamar-se Lar de Idosos General Viamonte. Chegou a albergar 800 pessoas, que não tinham familiares ou médicos para atendê-los. Havia mais de 340 funcionários que repartiam quatro turnos e entre as instalações, existiam 17 salas de jantar, uma cozinha moderna, enfermaria e biblioteca. Na década de 1960, o lar começou a deteriorar-se, como aliás ficou documentado numa série fotográfica de 1969, realizada por Diana Frey.
Lar de Idosos General Viamonte
Em 1979, quando a Argentina era governada pela ditadura militar, o intendente Osvaldo Cacciatore impulsionou um projeto para transformar o velho lar no novo Centro Cultural Ciudad de Buenos Aires, onde ficariam instaladas numa única sede: o Museo del Cine, o Museo de Arte Moderno e o Museo de Artes Plásticas, além de parte da coleção do Museo de Arte Hispanoamericano.
A obra foi projetada pelos prestigiados arquitetos e artistas plásticos Clorindo Testa, Jacques Bedel e Luis Benedit. Apesar de Cacciatore ter proposto manter o estilo clássico dos antigos edifícios, os arquitetos optaram por uma linguagem totalmente contemporânea, com escadas metálicas e a demolição de diversos pavilhões originais.
O Centro Cultural da Recoleta foi inaugurado em Dezembro de 1980, e durante a direção de Osvaldo Giesso, já enquadrado num regime democrático, começou a crescer e a desenvolver-se de forma mais arrojada, adotando o seu atual nome em 1990.
Em 2001 foi inaugurada a Sala Villa Villa, construída com 250 mil dólares doados pelo grupo teatral De la Guarda, que iniciara sua carreira ali mesmo em 1995. Em 2005, Clorindo Testa voltou ao CCR para projetar uma remodelação em comemoração ao 25º aniversário do Centro Cultural. E assim, durante os anos seguintes, foram reformados e restaurados o hall de entrada e as salas de exposição. Em 2010, para o 30º aniversário do Centro Cultural Recoleta, foi restaurado o Auditório El Aleph, que ocupa o edifício da antiga capela.
En 1990, foi constituído o Emprendimiento Recoleta S.A., com o objetivo de instalar um centro comercial e um centro de convenções en parte do prédio do Centro Cultural Recoleta. Na hora de elaborar o projeto, a empresa contratou novamente Clorindo Testa. O Buenos Aires Design Center foi criado com um espaço interior colorido e vibrante, e totalmente voltado para a decoração. Inaugurado em 1993, o Buenos Aires Design dedica-se exclusivamente ao design de interiores e se tiver a oportunidade visite uma das lojas que se chama Morph e tem objetos pequenos para você levar de volta para casa ou presentear. Ela tem filiais em outros shopping centers, como o Abasto e as Galerias Pacífico.
Este lugar abriga também uma das filiais do Hard Rock Café, um dos mais lendários bares de rock ao redor do mundo que foi inaugurado em 1995, tem dois andares e capacidade para 350 pessoas.
O Centro Cultural Recoleta tem um espaço que você precisa visitar se tem crianças: o Museu Participativo de Ciências Prohibido No Tocar. Ocupa dois andares e divide-se em nove salas e um auditório. É um museu de ciências super didático, que em cada sala aborda um tema da área, como mecânica, percepção visual, tecnologia, eletricidade, matemática, música, ondas e sons, natureza, luz e arte, entre outras. Se trata de um espaço único para que as crianças se expressem com liberdade e possam aprender através da brincadeira e sem restrições. Oferece um passeio pelos mais variados fenômenos da ciência, observando, tocando, provando e experimentando.
Em época de aulas, de terças à sextas das 10 às 17h e aos sábados, domingos e feriados das 15h30 às 19h30.
Nas férias, de 22 de julho a 2 de agosto, segundas a sextas das 12h30 às 19h30; sábados, domingos e feriados das 15h30 às 19h30.
E por fim é também no Centro Cultural Recoleta que acontece o show da companhia teatral Fuerza Bruta (veja mais na página Shows), um dos programas imperdíveis na cidade!
E por fim é também no Centro Cultural Recoleta que acontece o show da companhia teatral Fuerza Bruta (veja mais na página Shows), um dos programas imperdíveis na cidade!
E aproveite que você está na área e conheça o Camping Bar, um ótimo lugar para fazer um “pit stop”, comer um petisco e tomar uma cerveja gelada no terraço.
Mas se depois de conhecer todo o Centro Cultural Recoleta, ainda bater uma vontade de tomar um café especial e dar uma descansada nos pézinhos, a parada obrigatória é o Café La Biela, que fica ali pertinho. É um café tradicional situado na Avenida Quintana 600, na esquina da rua Junin, em frente à igreja de Nuestra Senora del Pilar e ao adjacente Cemitério da Recoleta. O café tem um grande terraço em frente com mesas ao ar livre sob a sombra de uma seringueira gigante e é popular entre moradores e turistas.
Em meados do século XIX, Recoleta era uma área de terras agrícolas e no local hoje ocupado pelo café havia uma loja de artigos em geral. Quando foi inaugurado como um pequeno café de calçada em 1850, foi batizado "La Viridita" por seu proprietário espanhol, mas seu nome mais tarde mudou para o Aero Bar por causa de sua popularidade entre os membros da vizinha Associação Argentina de Pilotos Civis.
Por muitos anos popular entre políticos, escritores, artistas, atores e celebridades da mídia, o La Biela adquiriu seu nome atual na década de 1950, quando se tornou um ponto de encontro popular para campeões de carros de corrida, incluindo o cinco vezes campeão mundial de Fórmula 1 Juan Manuel Fangio, e para os fãs do esporte.
Fotos em preto-e-branco de campeões de carros de corrida, juntamente com uma variedade de itens de automobilismo, incluindo grades do radiador, bielas, lâmpadas e buzinas, decoram as paredes do interior tradicional, com painéis de madeira e cortinas nas janelas.
Mas se depois de conhecer todo o Centro Cultural Recoleta, ainda bater uma vontade de tomar um café especial e dar uma descansada nos pézinhos, a parada obrigatória é o Café La Biela, que fica ali pertinho. É um café tradicional situado na Avenida Quintana 600, na esquina da rua Junin, em frente à igreja de Nuestra Senora del Pilar e ao adjacente Cemitério da Recoleta. O café tem um grande terraço em frente com mesas ao ar livre sob a sombra de uma seringueira gigante e é popular entre moradores e turistas.
Em meados do século XIX, Recoleta era uma área de terras agrícolas e no local hoje ocupado pelo café havia uma loja de artigos em geral. Quando foi inaugurado como um pequeno café de calçada em 1850, foi batizado "La Viridita" por seu proprietário espanhol, mas seu nome mais tarde mudou para o Aero Bar por causa de sua popularidade entre os membros da vizinha Associação Argentina de Pilotos Civis.
Por muitos anos popular entre políticos, escritores, artistas, atores e celebridades da mídia, o La Biela adquiriu seu nome atual na década de 1950, quando se tornou um ponto de encontro popular para campeões de carros de corrida, incluindo o cinco vezes campeão mundial de Fórmula 1 Juan Manuel Fangio, e para os fãs do esporte.
Fotos em preto-e-branco de campeões de carros de corrida, juntamente com uma variedade de itens de automobilismo, incluindo grades do radiador, bielas, lâmpadas e buzinas, decoram as paredes do interior tradicional, com painéis de madeira e cortinas nas janelas.
Atrás do bar estão as fotografias tiradas pelo escritor argentino Adolfo Bioy Casares, que costumava frequentar o café junto com seu amigo escritor Jorge Luis Borges, e que tirou essas fotografias para ilustrar um livro que escreveram juntos.
Em 1999, o Café La Biela foi declarado um local de interesse cultural pela cidade. E entre os seus visitantes mais notáveis, de ontem e de hoje, pode-se citar o próprio Juan Manuel Fangio, José Froilán González, Emerson Fittipaldi, Jackie Stewart, Robert Duvall, Francis Ford Coppola, Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares, Matti Aatos Ilmari Myllykoski, entre outros.
Deixando para trás as praças e indo em direção à rua atrás do Cemitério da Recoleta, fica localizado o Paseo de la Recoleta e o Shopping Recoletta Mall.
O Paseo de la Recoleta é um caminho entre o cemitério da Recoleta e o Shopping Recoleta Mall. Na verdade é um calçadão repleto de bares, cafés e restaurantes muito agradáveis. À noite a região fica bastante movimentada. Tem uma micro praça com várias estátuas diferentes, além de telefones como os de Londres para se tirar fotos.
Já o Shopping Recoleta Mall é considerado o mais recente da cidade, tendo sido inaugurado em 2011 após a remodelação do prédio do cinema Village Recoleta. Conta com uma boa diversidade de lojas, com cinemas e uma variada praça de alimentação. O shopping fica atrás dos muros do cemitério, e nas imediações existem várias outras opções de bares e restaurantes.
Há algumas quadras de distância, fica a Biblioteca Nacional da Argentina, a maior biblioteca do país e que reúne, em suas coleções, uma das fontes bibliográficas mais importantes das Américas.
A Biblioteca Nacional da Argentina foi criada por decreto da Primeira Junta de Governo da Revolução de Maio de 7 de setembro de 1810, sob o nome de Biblioteca Pública de Buenos Aires. Sua primeira localização foi, durante dois anos, o edifício do Cabildo; e seu primeiro material bibliográfico foi doado por instituições como o Cabildo Eclesiástico e o Real Colégio São Carlos, e vários particulares como o bispo Manuel Azamor e Ramírez, Luis Chorroarín e Manuel Belgrano.
Desde a sua fundação, a biblioteca contou com um patrimônio considerável que foi se expandindo, por meio de várias incorporações e doações, da grande quantidade de material trazido do estrangeiro e de melhorias na infra-estrutura, a Biblioteca Pública passou a ter aproximadamente 7.715 leitores e 32.600 volumes em 1882.
Biblioteca Nacional da Argentina
No ano de 1884 a biblioteca passou a pertencer ao Governo Nacional. O diretor que construiu a nova sede da Biblioteca foi nomeado em outubro de 1955, sendo ele o escritor Jorge Luis Borges. Em 1960 destinaram-se três hectares localizados entre as Avenidas del Libertador e As Heras, e as Calles Agüero e Áustria, onde até 1956 existia o Palácio Unzué, utilizado por Juan Domingo Perón como residência presidencial e que foi bombardeado no mesmo momento em que se atiravam as bombas na praça de Maio em junho daquele ano, onde morreram cerca de 400 pessoas. Decidiu-se construir no terreno do antigo palácio a nova sede da Biblioteca Nacional. A obra foi lançada mediante um concurso nacional que em abril de 1962, trouxe como vencedor o projeto dos arquitetos Clorindo Testa, Francisco Bullrich e Alicia Cazzaniga de Bullrich.
A pedra fundamental do edifício foi colocada de 1971, onze anos após o concurso e as obras avançaram lentamente até que finalmente foram suspensas em 1979, durante a ditadura, somente retomando as obras em 1982. Durante a obra, ocorreram grandes avanços no campo da Biblioteconomia, como a chegada da informática que permitiu a digitalização da consulta de materiais, com o qual o funcionamento de uma biblioteca mudaria radicalmente. A nova Biblioteca Nacional pôde ser terminada graças a um empréstimo do Reino de Espanha realizado em 1990, e foi inaugurada finalmente em 10 de abril de 1992, pelo presidente Carlos Menem, e o material bibliográfico terminou-se de transladar a 21 de setembro de 1993. O edifício conta com três depósitos subterrâneos: dois deles destinados a livros, que permitem depositar três milhões de livros, e um destinado a guardar revistas e diários, com uma capacidade de quinhentos mil volumes. Ademais, no edifício funciona atualmente a Escola Nacional de Bibliotecários, fundada em 1956.
Salas de Leitura
O edifício da Biblioteca Nacional é um grande exemplo a nível internacional de desenho brutalista, um estilo surgido na década de 1950 que se caracteriza por privilegiar as estruturas de concreto armado deixadas à vista e tratadas de maneira escultórica, e principalmente se aprecia o lugar do parque deixado no nível de solo e a sala de leitura com a vista sobre o porto e o Rio da Prata. A ideia principal, segundo relata o arquiteto Clorindo Testa, era deixar os depósitos do estabelecimento abaixo da terra, fazendo com que isso preservasse os livros do efeito nocivo da luz e eventualmente permitisse uma futura expansão dos depósitos caso fosse necessário. Uma vez que a estrutura do edifício estava livre do enorme peso dos depósitos de livros, resolveu-se elevá-la sobre pilares para permitir uma visão livre, deixando uma plataforma de acesso aberta de forma permanente, como uma continuação do parque "por baixo" da biblioteca.
Numa das etapas da extensa construção decidiu-se, por razões orçamentais, eliminar da fachada os parasoís metálicos que protegeriam os setores de leitura da luz exterior, um fato que atualmente dá um aspecto inconclusivo ao edifício, e prejudica os leitores em determinados horários do dia. Um fato curioso é que a Biblioteca Nacional desde sua construção gerou opiniões opostas entre os portenhos. Segundo uma consulta de opinião realizada pelo Jornal Clarín com 600 pessoas não especializadas em arquitetura, a Biblioteca Nacional foi eleita ao mesmo tempo como o quarto edifício mais lindo e ao mesmo tempo o segundo mais feio de Buenos Aires.😮
O acervo bibliográfico da Biblioteca Nacional está composto por uma coleção de mais de 900.000 volumes, 55.000 títulos de publicações periódicas (diários e revistas), 30.000 fotografias e 1.500 negativos, 12.000 mapas, 300.000 partituras impressas, uma coleção discográfica com mais de 70.000 peças, entre outras.
O vão central da Biblioteca Nacional da Argentina
Bem pertinho da Biblioteca Nacional da Argentina fica o Museo del Libro e de la Lingua, um museu anexo à Biblioteca Nacional, projetado por Clorindo Testa e inaugurado em 2011.
Em 2006, foi anunciada a futura construção do "Museu do Livro e Autor Clássico Argentino". O projeto original da Biblioteca Nacional de 1962 contemplava a demolição de todos os edifícios que ocupavam seu bloco, mas isso não foi feito. Um deles foi cedido à República do Paraguai para estabelecer sua embaixada e outros dois na Avenida Las Heras abrigavam departamentos públicos diferentes que não foram utilizados.
O Museo do Livro ocuparia o espaço desses dois edifícios, liberando quase toda a frente de Las Heras, para que a Biblioteca pudesse ser vista de lá. O projeto foi apresentado ao público em janeiro de 2008, pelos mesmos arquitetos Testa e Bullrich. Finalmente, em janeiro de 2010, a presidente Cristina Fernández de Kirchner assinou o contrato para a construção do museu e o trabalho começou alguns meses depois. O prédio tinha um orçamento de 10 milhões de pesos e isso implicava também a conclusão dos trabalhos da Biblioteca Nacional.
Inaugurado em 29 de setembro de 2011, o museu foi aberto ao público em 10 de outubro. Enquanto o térreo possui uma exposição permanente dedicada ao livro e à história das editoras na Argentina, o piso superior é utilizado para exposições artísticas temporárias.
E já terminando de falar sobre as atrações do bairro da Recoleta, um pouco mais distante do circuito agitado do bairro fica o Pátio Bullrich, outro importante shopping center de Buenos Aires, e que já mencionei na página City Tour Avenidas 01, quando passamos pela Avenida Alvear..
Projetado pelo arquiteto inglês argentino Juan Waldorp, o Patio Bullrich foi originalmente construído como uma casa de leilões em 1867 para a proeminente família local Bullrich. A casa de leilões era um dos principais pontos de vendas da cidade para gado, principalmente touros e puro-sangue, além de servir como uma casa de remessa para uma variedade de relíquias valiosas e outros itens colecionáveis.
Os crescentes valores imobiliários da região levaram a família Bullrich a vender o imóvel para Alto Palermo SA, uma importante incorporadora comercial local em meados da década de 1980 para converter o edifício existente em um shopping center. Ao projetar uma galeria de seis andares, eles mantiveram alguns dos aspectos originais do design original, incluindo uma enorme torre do relógio, numerosas esculturas de paredes com cabeça de animais em mármore e a fachada neoclássica.
Inaugurado em agosto de 1988, o Pátio Bullrich foi o primeiro dos novos shoppings de luxo abertos nos anos seguintes. Modernizado e ampliado em 1995, o Pátio Bullrich costumava abrigar inúmeras marcas de luxo internacionais, incluindo Carolina Herrera, Christian Dior, Christian Lacroix e Tiffany & Company. No entanto, muitas marcas de luxo foram forçadas a abandonar o mercado argentino devido a restrições de importação do governo.
Várias marcas de luxo manifestaram interesse em retornar à Argentina depois que o governo do presidente Mauricio Macri pretendia relaxar as restrições à importação. A casa de moda italiana de luxo Ermenegildo Zegna reabriu uma loja no Patio Bullrich em 2017. A empresa suíça Bally planeja estabelecer uma loja por meio de parceria local. E em 2018, a Louis Vuitton anunciou que a empresa retornaria a Buenos Aires com uma nova loja no Patio Bullrich após sair da Argentina em 2012.
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