Palermo


*** PALERMO ***
2. Dia - Tarde

Data: __ de ______ de 20__

Palermo é considerado o bairro mais nobre de Buenos Aires. Está localizado na região nordeste e é o maior bairro da cidade.

É um dos bairros mais turísticos da cidade devido aos Bosques de Palermo e o Zoológico de Buenos Aires. É em Palermo também que se localiza o Buenos Aires Lawn Tennis Club, famoso clube de tênis da Argentina. Destaca-se também pela grande quantidade de sedes de produtoras de cinema e TV, localizadas em Palermo Hollywood. E também pela concentração de cafés, restaurantes, discotecas e a famosa feira de Palermo Soho.


As subdivisões do Bairro Palermo

História do bairro:

O destino do Bairro Palermo começou a tomar forma com a chegada dos espanhóis e existem algumas variações sobre a história da criação do bairro e de seu nome.

O nome do distrito é derivado da ainda existente abadia franciscana de "São Benito de Palermo", um nome alternativo para São Benedito, o Mouro. São Benedito viveu de 1526 a 1589 e é um santo padroeiro de Palermo, a capital da Sicília na Itália.


Abadia de Sao Benito de Palermo 

Em uma história alternativa do nome, uma lenda urbana apoiada por jornalistas, a terra teria sido originalmente comprada por um imigrante italiano chamado Juan Domingo Palermo no final do século XVI, pouco depois da fundação de Buenos Aires em 1580, que montou uma fazenda para agricultura. Vários séculos depois, Juan Manuel de Rosas, um político conservador, construiu uma residência no campo que foi confiscada após sua queda em 1852. 

A área cresceu rapidamente durante o final do século XIX e particularmente durante a presidência de Domingo Faustino Sarmiento, responsável pela criação dos Jardins Zoológicos de Buenos Aires, do Parque Tres de Febrero em 1874, da Plaza Italia e do Autódromo de Palermo em 1876. E tudo isso ao redor do que tinha sido a vila de prazeres de Rosas.


Panorâmica do Bairro de Palermo 

Durante o século XX, foram desenvolvidos o Jardim Botânico de Buenos Aires em 1902, o Aeroporto Jorge Newbery em 1948, a estação de purificação de água, vários clubes esportivos, o planetário Galileo Galilei em 1966 e os Jardins Japoneses de Buenos Aires em 1967.

Uma das portas de entrada do Bairro de Palermo e de suas subdividões é a Plaza Italia, que fica na confluência da Avenida Santa Fé e Avenida Sarmiento. Ao lado da praça estão as principais entradas para o Jardim Zoológico, o Jardim Botânico e o Centro de Exposições Rural. A área é muito movimentada com o tráfego, pois é um centro de transporte público para a cidade.

Como já visitamos essa praça no dia anterior durante o City-Tour Avenidas, fica aqui somente o registro visual para recordar. Para as informações é só clicar aqui.

Plaza Italia

Subdivisões:

Com certeza, Palermo é um bairro que todo mundo queria ter na sua própria cidade. Um bairro que reunisse áreas verdes, cultura, tradição e muita diversão, tudo no mesmo lugar. Uma região tranquila e agradável, que junta casas e prédios residenciais, parques maravilhosos, centros culturais, grande área comercial e os mais interessantes bares, restaurantes e casas de shows em Buenos Aires.

Visão Aérea da Plaza Italia e do bairro de Palermo

Embora aparecendo como uma grande faixa no mapa oficial, Palermo pode ser subdividido em várias partes contrastantes e distintas, formando pequenos núcleos dentro do bairro que com certeza vai precisar de um dia inteiro para conhecer bem.

* Palermo Chico e Barrio Parque:

A parte mais sofisticada de Palermo, "Palermo Chico" ou como também é conhecida "Pequena" ou "Exclusiva", fica no extremo nordeste de Palermo, na Avenida Figueroa Alcorta e entre as ruas San Martín de Tours e Tagle. O vizinho "Barrio Parque" é estritamente uma área residencial, disposta em ruas sinuosas. Muitas das casas dos ricos e famosos se localizam nesta subdivisão de Palermo, que também inclui numerosas embaixadas e o Instituto Nacional San Martín. Infelizmente algumas mansões e seus parques foram demolidos pelas grandes construtoras que desenvolveram condomínios de luxo e empreendimentos imobiliários, sendo que a maior delas é atualmente as torres Le Parc Figueroa Alcorta.

O traçado de Palermo Chico foi realizado pelo arquiteto Carlos Thays, que desenhou o jardim botânico em 1912. Sua intenção era organizar um bairro com ruas curvas e irregulares e abundantes espaços verdes povoados de espécies locais como tipas, jacarandás, paineiras, lapachos e ceibos.


Mansões em Palermo Chico
Mansões em estilos antigos


Ou em estilos mais modernos


Mas sempre imponentes

O MALBA, Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, fica ao lado do Barrio Parque e do shopping Paseo Alcorta.

O Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires abriga em seu interior a coleção de Eduardo F. Costantini, presidente da fundação que leva seu nome e que mantêm o espaço dedicado as artes. É um espaço destinado à coleção, conservação, estudo e difusão da arte latino-americano desde princípios do século XX até a atualidade. 

Museu de Arte Latino Americana de Buenos Aires

* Alto Palermo, Palermo Norte e Villa Freud:

Alto Palermo é a principal área comercial e centro de transportes da Avenida Santa Fé, localizada na extremidade mais a leste de Palermo e faz fronteira com o Barrio Norte. Palermo Norte está localizado ao longo da Avenida Libertador, a noroeste de Palermo Chico, e as principais atrações desta subdivisão são o Automóvel Clube da Argentina e o Museu Nacional de Artes Decorativas.

O Bairro Palermo Norte

Localizada na Plaza Güemes, este local é considerado hoje uma das maiores concentrações de consultórios de psiquiatria, psicologia e psicanálise de Buenos Aires, recebendo o nome de Villa Freud. Ao redor da praça já existiu até um restaurante chamado Freud, um café chamado Sigi, de Sigmund Freud, e até mesmo, há algum tempo, tentaram trocar o nome da Calle Medrano para Calle Freud.

O ar melancólico da "Villa Freud" povoa o inconsciente coletivo dos moradores e visitantes. Existe até uma galeria especializada neste grande mestre, com exposições permanentes com mais de 20 obras novas por mês para deleite de uma freguesia cativa de amantes da psicanálise.

A Argentina é o país com a maior concentração de psicólogos do  mundo. Como disse Ortiz, “não por acaso: é terrinha do tango, de alma melancólica”.

A Praça Guemes ou Villa Freud

* Palermo Nuevo:

Esta área faz fronteira com Palermo Norte, mais a noroeste, ao longo da Avenida Libertador, centrada no Monumento às Quatro Regiões da Argentina. Criado pela comunidade espanhola em 1910, este marco é comumente referido como o "Monumento Espanhol". A Embaixada dos EUA e a Residência do Embaixador se localizam neste bairro.

Monumento às Quatro Regiões da Argentina ou Monumento Espanhol

Os marcos turísticos mais importantes de Palermo Nuevo são o antigo Zoológico hoje Ecopark, o Jardim Botânico, o Parque Tres de Febrero, conhecido como Bosques de Palermo com seus famosos Jardins Japoneses.

Como já vimos sobre o Ecopark e o Jardim Botânico durante o passeio do City-Tour Avenidas 1 e 2, vou pular essa parte... rsrsrs

O Bosque de Palermo é um parque com mais de 25 hectares de bosques centenários e foram inspirados no "Bois de Boulogne" em Paris e no Prater em Viena e é a maior área verde da cidade de Buenos Aires. Inclui atrações como o Jardim das Rosas conhecido como El Rosedal, o Museu Eduardo Sívori, o Hipódromo, o planetário Galileo Galilei e os belíssimos Jardins Japoneses.

Planetário Galileo Galilei
Hipódromo

Inaugurado em 1875, trata-se de um conjunto de parques localizado entre as avenidas Casares e Avenida del Libertador.

A área hoje ocupada pelo parque era conhecida como os "Banhados de Palermo" em memória a Domenico de Palermo, imigrante siciliano chegado à colônia em 1590. Em 1836, o presidente argentino Juan Manuel de Rosas comprou os terrenos da família Palermo e ergueu ali uma quinta para sua residência, que serviu também de sede do governo. A queda de Rosas na Batalha de Caseros, travada a 3 de fevereiro de 1852, significou a transferência de todas suas propriedades ao erário público, incluída a Quinta. Vem daí o nome oficial do Parque, Tres de Febrero.

Gravura da Quinta de Juan Manuel de Rosas

Em 1874, por iniciativa do presidente argentino Domingo Faustino Sarmiento, foi criado o parque nos terrenos de Palermo, onde antes se localizava a quinta de Rosas.

No dia 11 de novembro de 1875 o parque foi inaugurado pelo então presidente Nicolás Avellaneda, porém, como os trabalhos ainda não estavam completos, o parque foi inicialmente pouco frequentado. Na década de 1880 o parque foi alvo de grandes obras, quando foram construídos viveiros de plantas, estufas e ambientes para exposições agropecuárias, com ênfase nos avances tecnológicos da época.

Visão aérea dos Bosques de Palermo

Uma feição mais moderna para o espaço foi dada pelo arquiteto paisagista francês Carlos Thays, Diretor Geral de Passeios Públicos da cidade. Entre 1889 e 1892 foi construído o Jardim Zoológico. E em 1893, foi criado um Jardim Botânico na parte oeste do parque. Entre 1892 e 1914, Thays selecionou e planificou cuidadosamente as espécies vegetais plantadas e os elementos decorativos como pontes, bancos, lagos, fontes, postes de iluminação e outros para criar variados ambientes no parque.


Bosques

Lagoa

Em 1900, no lugar antes ocupado pelo casarão de Rosas, foi instalada uma estátua de bronze do Presidente Sarmiento da autoria do escultor francês Auguste Rodin. Desde então várias atrações foram sendo construídas no parque. Por exemplo, em 1910 foi iniciada a construção do Monumento dos Espanholes, presente da comunidade espanhola na cidade, e que foi terminado só em 1927. 

Outro espaço do parque é o El Rosedal, um jardim de rosas composto por mais de 18.000 rosas de 1.189 variedades diferentes, e que ocupa um espaço de 3,4 ha do Parque. Seu projeto paisagístico segue o estilo dos jardins parisienses e o responsável foi o engenheiro agrônomo Benito Carrasco. A construção do El Rosedal foi bem rápida, levando apenas seis meses para ser finalmente concluído e inaugurado em 24 de novembro 1914.

El Rosedal

O jardim é rodeado por um lago e fazem parte do complexo um anfiteatro, um pátio andaluz, uma ponte em estilo grego que atravessa o lago, uma longa pérgula e o Jardim dos Poetas com seus 26 bustos de celebridades como Alfonsina Storni, Dante Alighieri, William Shakespeare e Jorge Luis Borges, entre outros. 


Mapa de El Rosedal


Ponte Grega
Pérgula

Jardim dos Poetas

Anfiteatro

Em 1920, no auge de uma moda hispânica, foi construído um jardim Andaluz pelo arquiteto Eugenio Carrasco, completado em 1929 por um Pátio Andaluz decorado com azulejos, doado pelo Município de Sevilha na Espanha.

Pátio Andaluz

Após décadas de descuido, o Rosedal foi restaurado em 1994 pela petroleira YPF, que respeitou a forma original do jardim. Outro restauro foi feito em 2008, também patrocinado pela mesma empresa. Em 2011, o jardim foi declarado Patrimônio Cultural pela Legislatura da cidade de Buenos Aires. 

El Rosedal

Todos os meses de julho, quando começa a época de poda, vizinhos e turistas se aproximam dos jardineiros para receber flores ou mudas, das quais novas espécies podem ser reproduzidas. Desta forma, no inverno, as rosas florescem saudáveis ​​e fortes para atingir o ponto máximo de desenvolvimento em outubro.

Em 2011, o jardim foi declarado Patrimônio Histórico Nacional.  E no ano de seu centenário, em 2014, ganhou o importante prêmio internacional “Garden Excelence Award”, concedido pela Federação Mundial das Sociedades de Rosas.

A entrada é gratuita.

El Rosedal

E também nos Bosques de Palermo, os Jardins Japoneses são uma atração à parte e é quase obrigatório uma visita a este que é um dos locais mais bucólicos e preferidos por moradores e turistas. Foi construído no Parque Três de Fevereiro no ano de 1967, por ocasião da visita à Argentina do então príncipe-herdeiro do Japão, o atual imperador Akihito.


Jardins Japoneses

Embora seja um espaço público, a entrada ao jardim é paga, e tudo que é arrecadado é destinado à manutenção do Complexo Cultural e Ambiental Jardim Japonês, este administrado pela Fundação Cultural Argentino-Japonesa. Além de árvores e plantas, o jardim contém um prédio no qual funcionam um centro de atividades culturais, um restaurante, um viveiro onde é possível comprar bonsais e uma tenda de artigos variados.

Mapa

Todos os elementos do Jardim Japonês buscam a harmonia e o equilíbrio. As pontes constituem símbolos: existe uma muito curva e extremamente difícil de atravessar, chamada Puente de Dios, que significa Ponte de Deus, que representa o caminho para o paraíso. Outra ponta se chama Puente Truncado e conduz à "ilha dos remédios milagrosos".

Ponte Curva
Ponte Truncado

Além de antigas árvores nativas como a Tipuana Tipu e a Paineira, encontra-se também uma grande variedade de plantas japonesas, entre elas a famosa Sakura, o Acer Palmatuny e as azaléias; no lago há uma grande quantidade de carpas de variadas cores, as quais podem ser alimentadas mediante comida balanceada adquirida no mesmo centro.

Sakura

Carpas

O projeto dos Jardins Japoneses é do paisagista Yasuo Inomata, que lançou mão dos típicos elementos dos jardins japoneses para recriar em Palermo um pedaço daquele país. A combinação de lagos, pontes, portões, caminhos, pedras, pontes e areia, além da grande variedade de plantas, forjam um ambiente calmo e de beleza indescritível.


Foto do Lago

O Jardim Japonês abriga também um restaurante, uma casa de chá, um viveiro de plantas, uma sala de leitura, duas lojinhas de artesanatos e lembrancinhas japonesas, um mirante, um centro cultural, uma biblioteca especializada e até um espaço para eventos.

O restaurante do Jardim Japonês, onde o sushi é preparado diante do público, funciona das 10h às 18h, de quarta a segunda. Volta a abrir, das 19h30 à 00h. Às sextas-feiras e nos finais de semana, é necessário fazer reservas. O local permanece fechado às terças-feiras.

Restaurante

No viveiro Kadan é possível comprar bonsais, azaléias, orquí­deas e até mesmo peixes koi, uma espécie de carpa, bem como alimento balanceado para dar às carpas do local. Funciona de segunda a domingo, das 10h às 18h.

Viveiro Kadan

A Casa de Chá é um espaço que foi criado para a realização da tradicional cerimônia do chá. Seu interior conta com elementos tradicionais importados diretamente do Japão, em alguns casos com mais de cem anos. O visitante do Jardim Japonês de Buenos Aires pode participar da cerimônia, que é considerada uma síntese dos elementos fundamentais da cultura japonesa: o respeito pela natureza, a exaltação da humildade e o silêncio.


Casa de Chá

Nas lojas de artesanato o turista encontra vários souvenirs da cultura japonesa com os tradicionais tsurus que trazem os Omikuji, pedacinhos de papel que trazem mensagens de sorte e que são amarradas num painel ao final da visita.

Omikujis

Quem estiver por aqui entre julho e setembro, vai se encantar com as flores. Em julho, a famosa Sakura dá seu show e deixa o jardim totalmente rosa e branco. Em setembro, a primavera faz seu papel e as azaleias florecem!

O ingresso aos Jardins Japoneses custa em torno de 120 pesos. Menores de 12 anos não pagam.

* Las Cañitas e La Imprenta:

Las Cañitas, mais a noroeste da Av. Libertador, era um distrito de cortiços no início do século XX, mas desde então se tornou uma área de luxo de edifícios, restaurantes e bares, particularmente nas proximidades do Hipódromo de Palermo e do Campo Argentino de Polo. A sede do Regimento de Granadeiros Montados e outras instalações militares, como o Hospital Militar Central e o Instituto Geográfico Militar, estão localizadas ao sul. E também o Shopping Center Solar de la Abadía que foi inaugurado em setembro de 1995 e foi construído no edifício da antiga fábrica de gás carbônico "Gas Carbo". Essa reciclagem lhe rendeu o Prêmio Maxi de Design e Arquitetura Inovadores em maio de 1997.

Las Cañitas
Campo Argentino de Polo

Hospital Militar Central

Shopping Center Solar de la Abadía

La Imprenta, a oeste de Las Cañitas, faz fronteira com o bairro de Belgrano. Um dos seus marcos mais conhecidos é a Abadia de San Benito Abad, que foi a antiga residência dos monges beneditinos na década de 20. O edifício permaneceu fechado durante anos, foi restaurado e reaberto como um centro cultural em outubro de 2015.

A abadia é toda em estilo eclético e foi feita com estrutura de concreto com projeto do sacerdote e arquiteto Eleuterio González. Tem um importante pulmão verde em seu pátio central, de onde você pode contemplar os arcos semicirculares presentes nas arcadas dos claustros. Tanto as arcadas quanto as capitais românicas se referem aos claustros do Mosteiro de Santo Domingo de Silos, na Espanha.

Os monges beneditinos habitaram durante sua construção até que, devido ao avanço da urbanização, se mudaram para Luján nos anos 70 e assim a construção da abadia ficou inacabada. A partir de então, permaneceu parcialmente fechado. Atualmente, o complexo dispõe de um centro de exposições artísticas, salas de ensaio para orquestras infantis, um auditório com 120 lugares e uma biblioteca que contém 3.000 livros do Monsenhor Eugenio Guasta, que por 20 anos foi pároco da Basílica Nossa Senhora da Misericórdia.

A Abadia e o Centro de Arte e Estudos Latino-americanos, podem ser visitados de terça a domingo das 12 às 20 h. A entrada é gratuita.

Abadia de San Benito Abad

Interior da Abadia de San Benito Abad

* Palermo Viejo:

Palermo Viejo é a parte mais antiga do Bairro de Palermo. Ele vai da Avenida Santa Fé ao sul da Avenida Córdoba, e da Avenida Dorrego a leste até a Rua Coronel Díaz. O bairro é centrado na Plaza Inmigrantes de Armenia, e reflete um antigo estilo colonial espanhol em arquitetura, muitas vezes "reciclado" com elementos modernos. A nova sede do Conselho Nacional de Pesquisa, inaugurada em 2011 na antiga vinícola GIOL, é um notável exemplo recente dessa tendência.

Plaza Inmigrantes de Armenia

Figuras tão conhecidas como o escritor e poeta Jorge Luis Borges e Che Guevara já viveram nessa subdivisão. Era historicamente uma área residencial, popular entre as comunidades de imigrantes da Polônia, Armênia, Ucrânia e Líbano, bem como antigas famílias espanholas e italianas, cujas tradições se refletem em restaurantes locais, igrejas, escolas e centros culturais.


Murais de Che Guevara

* Palermo Soho:

O bairro é um dos mais sofisticados de Buenos Aires, mas não chega a ser esnobe. Pelo contrário, tem um aspecto descolado, com seu comércio moderno no estilo hippie chic e restaurantes badalados. Dizem que os moradores do Soho são tão deslocados e legais como o ambiente.

Palermo Soho

Palermo Soho é uma pequena área ao redor da Plaza Serrano, oficialmente chamada de Plazoleta Cortázar, e grudado em Palermo Viejo, quase se confundem. É uma área destinada à moda, design, restaurantes, bares e cultura de rua. 

É nesta subdivisão que acontece outra feira famosa em Buenos Aires que é a Feira da Plaza Serrano. Essa região é cheia de lojas de roupas descoladas e as feirinhas são ótimas para conseguir roupas com bons preços. É uma pequena feira que começa a partir de quinta-feira das 15 às 20 hs, mas que tem seu maior volume aos sábados e domingos, das 14 às 20h. 

Já as lojas de decoração estão perto da Praça Júlio Cortázar, o verdadeiro nome da Praça Serrano, e têm coisas bem interessantes. Nelas você poderá encontrar também antiguidades e enfeites originais. As boutiques são minoria e funcionam em casarões reciclados oferecendo roupas de griffe. De fato, nomes badalados como Jazmín Chebar, Las Oreiros, Benito Fernández e De la Ostia marcam presença.


Plaza Serrano

Outra característica marcante de Palermo Soho são seus bares e restaurantes e a agitadíssima e badalada vida noturna. A atmosfera em muitos cafés e restaurantes se esforça para ser "alternativa", o que torna esta área da cidade especialmente popular entre os jovens argentinos de classe média alta, bem como turistas estrangeiros. As tradicionais casas baixas foram adaptadas em boutiques e bares, criando uma sensação boêmia. Mesas e cadeiras com coloridíssimos ombrelones espalham-se pelas calçadas e agitação é a palavra que define bem Palermo Soho.

Bares e Restaurantes na Plaza Serrano

Estilosos, boêmios e cheios de cuidados com o bem-estar, isso vale para qualquer comércio do bairro, qualquer que seja ele. Cafés, livrarias, lojas e boutiques determinam as tendências por aqui.





As melhores opções para comer:

Se falarmos de churrascarias, La Cabrera (com seus três locais) é um dos mais famosos e corre com vantagem. A Parrilla Don Julio (Calle Guatemala 4699) segue de perto e está quase no mesmo patamar. Um lugar mais descontraído e cool acaba sendo Miranda (Calle Costa Rica 5602), escolhida pela juventude portenha. E ainda o Lo de Jesús (Calle Gurruchaga 1406) e a Dorita (Calle Humboldt 1892) completam a lista.

La Cabrera
Parrilla Don Julio

Palermo Soho é sinônimo de variedade gastronômica, e quem se inspirar na culinária italiana pode experimentar desde famosas trattorias como Il Gran Caruso (Calle El Salvador 5805), Il Matterello (Calle Thames 1490) ou La Baita (Calle Thames 1603) até pizzarias super concorridas como Kentucky (Calle Serrano 1550), Romário (Calle Gurruchaga 1493) ou La Guitarrita (Calle Niceto Vega 4942). A comida mexicana também não fica ausente em Palermo Soho. Os três melhores exemplos são La Fábrica del Taco (Calle Gorriti 5062), Vera Cruz (Calle Godoy Cruz 1819) e Tijuana (Calle Guatemala 4540).

E se quiser saborear um suculento hambúrguer com batatas fritas e cerveja, não pense duas vezes. A melhor alternativa em Palermo Soho é o Burger Joint (Calle Jorge Luís Borges 1776)

Mas se a vontade é de beber...

O burburinho de Palermo Soho está localizado ao redor da Plaza Serrano, mas o mundo palermitano não acaba por aí. O Tazz e a Maleva são os destaques para quem não deseja andar muito nem se afastar da popular praça. O Crónico (Calle Jorge Luís Borges 1646) e o Bar Sheldon (Calle Honduras 4969) também estão bem próximos. Porém, a poucas quadras também existem outros redutos bem badalados que são The Temple Bar (Calle Costa Rica 4677), Bar Isabel (Calle Uriarte 1664) e o Down Town Matias (Calle Uriarte 1657). 

E por fim, muito perto de Palermo Soho, há mais ou menos 8 quadras, ficam os Outlets de Villa Crespo. Basta seguir reto pela rua Jorge Luís Borges, desde a Praça Serrano, e atravessar a Avenida Córdoba. Bem fácil de chegar e não precisa de táxi. Tem muito para bisbilhotar em poucos quarteirões e não sair de mãos vazias. 

* Palermo Hollywood:

Em meados dos anos 90, vários produtores de TV, cinema e rádio instalaram-se na área entre as avenidas Córdoba, Santa Fé, Dorrego e Juan B. Justo, em Palermo Viejo. Por essa razão, esta parte do bairro começou a ser chamado de "Palermo Hollywood". Atualmente, é mais conhecido pela concentração de clubes, como o antigo Club Atlético Palermo, discotecas, restaurantes, cafés e uma ativa vida noturna.

Caminhar pelas ruas de Palermo Hollywood já é um programa e tanto. O bairro é agradável, arborizado e bonito de se ver, graças ao bom gosto dos arquitetos e proprietários dos negócios da área, sempre dispostos a caprichar no visual. Dê especial atenção aos inúmeros grafites que aparecem nos muros e paredes de Palermo Hollywood.

Palermo Hollywood

Palermo Hollywood conta com uma grande variedade de restaurantes, das mais diversas tendências. Em muitos casos, pertencem a jovens chefs que escolheram a área para abrir seus restaurantes e que capricham na arquitetura e ambientação de seus espaços. Os preços também variam, mas em geral correspondem ao que se pode esperar de uma zona nobre e turística. 

Algumas dicas são o Las Cabras especializado em parrilla, o contemporâneo Brandon, o de comida oriental Osaka, o de cozinha natural Artemisia e o de comida espanhola Tesla Restaurante Bar.

A vida noturna é das mais agitadas da cidade. A região é a preferida por muitos atores e profissionais da área do cinema e televisão. Para quem curte jazz, uma boa dica é ir curtir uma jam session no Boris Club. Honduras Hollywood tem uma proposta mais eclética misturando shows variados como magia, stand ups, música e petiscos deliciosos, mas só abre às sextas e sábados.


Palermo Hollywood

* Palermo Pacífico:

Deve o seu nome à Ponte do Pacífico que por sua vez é assim chamada informalmente porque foi construída pela Estrada de Ferro de Buenos Aires para o Pacífico em 1912. Como "Ferrocarril" e "Buenos Aires" eram termos redundantes, o bairro simplesmente ficou conhecido como Pacífico na linguagem cotidiana, de modo que a ponte era designada como a Ponte do Pacífico.

Pacífico é uma área comercial de médio porte e um importante centro de transporte, pois o trem, o metrô e muitas linhas de ônibus conectam-se aqui.

Ao lado da estação de trem há um edifício de tijolos também construído pela estrada de ferro de Buenos Aires para o Pacífico, com várias instalações no piso térreo.


Ponte Pacífico



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