Feira de San Telmo


*** SAN TELMO ***
4. Dia - Manhã

Data: __ de ______ de 20__

Se tem uma coisa que não pode faltar na sua visita a capital da Argentina é um pulinho até a feira mais tradicional de Buenos Aires, a famosa feira de San Telmo que acontece todos os domingos na Plaza Dorrego. Trata-se de um dos passeios mais procurados pelos turistas na cidade, atraindo os apaixonados por história, antiguidades, artesanato e bugigangas, além dos curiosos como eu que adoram conhecer lugares diferentes.

Mapa

História da Feira de San Telmo:

Essa feira tão famosa em Buenos Aires atrai milhares de turistas todos os domingos e sua história se iniciou em meados de 1930 em um dos bairros mais antigos da cidade. Na época, San Telmo era considerado o bairro mais rico da capital da Argentina e o bacana é que ele ainda preserva seus casarões históricos e ruas de paralelepípedos até os dias atuais.


San Telmo

A feira original de San Telmo fica situada na Plaza Dorrego e como tradição, desde o seu início, algumas regrinhas foram impostas pelo Museu da Cidade, e uma delas é que só poderiam ser vendidos objetos com mais de 70 anos de uso. Essa regra funciona até os dias de hoje e a feira é sempre fiscalizada.

Feira de San Telmo na Plaza Dorrego

Como a feirinha foi ficando famosa e se expandindo cada dia mais, com o passar dos anos estendeu-se pela Calle Defensa, ocupando mais de 7 quarteirões. Vale ressaltar que as barraquinhas que ficam nessa rua não fazem parte da Feira Oficial de San Telmo, e por isso não são fiscalizadas pelo Museu da Cidade.

Feira de San Telmo na Calle Defensa

O curioso é que para muitos turistas a feira ficou conhecida como uma só e, por este motivo, acabam passando desinformados sobre a original feira de San Telmo, a que fica na Plaza Dorrego.

Barraquinhas pra todo lado

Outro fato curioso sobre a feira de San Telmo da Plaza Dorrego é que cada comerciante só perde seu posto quando morrem, abandonam o local ou no caso de descumprirem as regras impostas.

O que encontrar na feira de San Telmo:

Conhecer a feirinha de San Telmo é como uma volta ao tempo, pois a sensação é a de estar no meio de um filme ou série histórica, ambientada por tantos objetos antigos. Além da profusão de barraquinhas e vendedores ambulantes com suas esteiras no chão, San Telmo é o reino dos antiquários, com objetos antigos e móveis de época.


Lojas de Antiquários

Mas a feirinha de rua já é outra coisa... você vai encontrar um pouco de tudo como vários objetos antigos, artesanatos, placas de carro ou decorativas, ímãs de geladeiras, luminárias, artigos de decoração, livros, ou seja, bugigangas fofas para todos os gostos. O bom e velho "tudo junto e misturado"!!!

Objetos Vintages
Placas Decorativas
Cadeados

Pratos Antigos

Bugigangas

Latas Antigas

 Garrafas de vidro

Mafalda pra todo gosto

Panelas

Mercado San Telmo:

Ao longo das ruas do bairro existem alguns mercados antigos que também valem a visita, mas o mais famoso é com certeza o Mercado San Telmo, que foi inaugurado em fevereiro de 1897, com o objetivo de abastecer os imigrantes que chegavam do Velho Continente. Com o passar do tempo foi se modificando, renovando, sem perder a estrutura interna original do edifício, formada por vigas, arcos e colunas de metal com tetos de chapa e vidro, além da grande cúpula no centro. Em 2000 foi declarado Monumento Histórico Nacional pela Secretaria de Cultura do Governo da Cidade de Buenos Aires.

No Mercado de San Telmo é possível encontrar de tudo num só lugar: antiguidades, brinquedos, panelas e frigideiras, artesanato, passando por temperos únicos e patês gastronômicos, ou ainda um café de algum país exótico. E é também um lugar excelente para comprar posters de filmes antigos e LPs, em nenhum lugar você vai achar mais discos de tango do que nesse mercado. E como todo bom mercado, lá é possível encontrar também alimentos, especiarias e temperos de todas as partes do mundo, além de flores, frutas e verduras.

Dica: parar no Coffee Town e tomar um café exclusivo. O lugar é atendido por baristas que sabem como indicar o melhor café.

O Mercado está aberto de segunda a domingo, porém é possível que alguma loja esteja fechada durante a semana. Nos fins de semana sempre está tudo aberto, já que o movimento é maior. O melhor dia para ir lá é sem dúvida o sábado pois domingo tem muita gente e fica lotado.  

Mercado de San Telmo

Mercado de San Telmo

Nas ruas adjacentes várias lojas oferecem também souvenirs, pinturas, retratos, bijouterias, roupas, artesanato, livros, discos, etc. Também na Calle Defensa há muitos antiquários e lojas de roupa. Mas é no comércio informal de barraquinhas e esteiras no chão que reside a força de vendas de San Telmo.

Artesanato de vários tipos

Entretenimento com artistas de ruas:

Ao longo da Calle Defensa você vai se deparar com vários artistas de rua fazendo a alegria de quem passeia pela feirinha de San Telmo.

São artistas dos mais variados tipos e o que mais chama a atenção do turista são os casais que fazem apresentações de dança de tango. Além disso, é possível assistir apresentações de orquestra, bandas musicais, estátuas humanas e muito mais.

Tango

Estátua da Mafalda:

Bem na esquina entre a Calle Chile e a Calle Defensa fica uma das famosas atrações do bairro San Telmo, a estátua de uma celebridade dos quadrinhos argentinos, a Mafalda, personagem criada pelo cartunista argentino Quino em 1964.

A famosa estátua fica sentada em um banquinho nessa famosa esquina e o espaço ao seu lado é muito disputado pelos seus fãs que estão loucos por uma foto com ela. E fazem companhia à Mafalda, os personagens Susanita e Manolito, amigos de aventuras da Mafalda. Aos domingos, você vai encontrar filas enormes de pessoas esperando sua vez para tirar uma foto.

Dica: se quiser um registro com a estátua e não quer enfrentar filas, recomendo que deixe para ir no local em um outro dia menos movimentado.

Obs: A estátua da Mafalda faz parte do Paseo de La Historieta, que é um circuito de rua que passa pelos bairros de San Telmo, Montserrat e Puerto Madero. Trata-se de uma homenagem às principais tirinhas da história dos quadrinhos argentinos. Além das esculturas, o percurso conta também com murais alusivos ao tema.

Estátua da Mafalda

Mas San Telmo não é só a Feira de Antiguidades e Artesanato não... San Telmo é um bairro muito histórico, um dos mais antigos da cidade e seus casarões antigos refletem um período de grande riqueza que o bairro viveu até o século XIX. Com a epidemia de febre amarela em 1871, as famílias abastadas abandonaram a região fazendo com que o bairro entrasse em declínio e decadência. Um olhar mais observador vai reparar nos belos edifícios de arquitetura antiga mas que infelizmente estão completamente abandonados e precisando de reparos e restauração urgentes.

Casa Mínima:

Pertinho da Calle Defensa e da Estátua da Mafalda fica uma atração pra lá de diferente e um pouco desconhecida pelos turistas que passam desavisados. É a Casa Mínima, a casa mais estreita de Buenos Aires.

A Casa Mínima fica na Calle San Lorenzo n. 380 e chama a atenção por sua fachada que é composta de uma porta verde e uma sacada bem charmosa. Outro destaque é para seu tamanho pra lá de curioso de apenas 2,5 metros de largura da fachada e 13 metros de comprimento. Bem pequenina, não é?

A história da Casa Mínima é bem interessante. A construção é da segunda década do século XIX  e, durante essa época, os escravos libertos recebiam dos seus amos um pequeno espaço perto da sua propriedade para construir suas casinhas. Diz a lenda que a Casa Mínima foi moradia de um escravo liberto e durante muito tempo a casa foi até apelidada de “A Casa do Escravo Liberto”. Se é verdade ou não ninguém sabe, talvez só mais uma lenda urbana... 

Conhecer a Casa Mínima é complicado, já que as visitas são apenas para grupos fechados, através de agendamento pelo site turismo@elzanjon.com.ar.

Fachada da Casa Mínima

Pátio Interno da Casa Mínima

Pasaje de la Defensa:

Este tradicional casarão de dois andares, construído na década de 1880, foi residência dos Ezeiza, uma distinta família da cidade. Têm aposentos que convergem a uma galeria lateral. O andar térreo apresenta três pátios: o Pátio do Tempo, o Pátio da Árvore e o Pátio dos Ezeiza, e o andar superior apresenta só um pátio único. Duas escadarias conectam dois dos pátios com o nível superior e o pátio intermediário é dominado por uma árvore.

Pasaje de la Defensa

A disposição original dos quartos seguia os padrões da época para este tipo de alojamento: no primeiro pátio localizava-se a sala de jantar, biblioteca, escritório; no segundo, a sala de visitas e no terceiro pátio ficavam a cozinha, a sala de serviço e geralmente um jardim ou um curral. Os quartos ficavam no andar superior.

Um dos pátios internos do térreo
O pátio interno do andar superior

Foi construído para abrigar a família Ezeiza, que depois a abandonaria para se mudar para o Barrio Norte, como muitas outras famílias da classe alta de Buenos Aires. De fato, após a Epidemia de Febre Amarela de 1871, muitas famílias abastadas se mudaram para o norte, mas a família Ezeiza demorou alguns anos a mais para fazê-lo.

Em 1910 uma escola primária foi estabelecida lá, mais tarde foi a sede do Instituto Nacional para Surdos e Mudos, mas depois da crise de 1930 foi transformada em um cortiço onde 32 famílias viviam em superlotação.

A disposição dos pátios
As várias lojas

Em 1980 foi reformada pelos arquitetos Raúl Servente, Bigote Corneta, Felix Aleman e Juan Firpo, que restauraram molduras, frisos e detalhes ornamentais, arruinados por anos, sem qualquer manutenção, enquanto demoliam construções precárias e loteamentos improvisados. Além disso, eles aproveitaram a altura das salas para instalar mezaninos para as futuras lojas. Em 1981 foi transformada na galeria comercial hoje conhecida como Pasaje de la Defensa, dedicada à venda de antiguidades, roupas e acessórios, quadros, lembranças, etc.

Localização: na Calle Defensa, 1.179

Zanjón de Granados:

Visitar El Zanjón de Granados é mergulhar em quatro séculos da história de Buenos Aires, em meio a túneis e relíquias descobertos acidentalmente em 1985. Esse tesouro fica embaixo de uma típica mansão portenha de 1830, que também faz parte do complexo, além de outras construções.


A fachada de El Zanjón de Granados

El Zanjón de Granados era um córrego que cortava Buenos Aires onde hoje fica o bairro de San Telmo e desembocava no Rio da Prata. As águas do córrego não só causavam inundações quando chovia, mas também traziam restos de animais que eram abatidos nas redondezas da cidade e limpos para consumo. Por causa disso, com o passar do tempo, o Zanjón de Granados acabou sendo canalizado.

Maquete da disposição de todo o complexo

Com o passar dos anos, foram sendo feitas construções nessa área, que terminaram por esconder essa parte da história portenha. Nos anos 1980, a casa foi adquirida por um empresário. Ele deu início a um processo de reformas do lugar com a intenção de transformá-la em um local dedicado a apresentações de tango. E veio a descoberta. A fachada e os pátios da mansão de estilo italiano datam da primeira metade do século XIX, mas também foram encontrados restos de uma casa do século XVII, bem como túneis e objetos da época colonial.

Objetos encontrados nas escavações

Foram os arqueólogos que estimaram que a mansão data de 1830. Construída para abrigar uma família abastada de comerciantes espanhóis, a mansão tinha 20 aposentos, mas teria sido abandonada por volta de 1860, quando houve uma epidemia de febre amarela.

Foram 20 anos de trabalho e 140 caminhões de entulhos retirados dos túneis subterrâneos para transformar o local no que é hoje, El Zanjón de Granados, um complexo de arqueologia urbana que revela quatro séculos de vida portenha.



 Os entulhos nos túneis subterrâneos
O estado de destruição

Poços, cisternas e uma infinidade de elementos arqueológicos ficam em exposição permanente neste imóvel de 1830, que já foi residência de uma família espanhola e cortiço de imigrantes após as epidemias de cólera e febre amarela. Nas paredes, de tijolos originais, há também algumas aquarelas que ilustram como viviam os argentinos da época, seus trajes, costumes e a decoração das casas.

 Os corredores restaurados
As escadas para os níveis superiores
Os salões

Hoje, esses espaços cheios de história, destacados pela Unesco, podem ser visitados por turistas e curiosos em geral. Há visitas guiadas em espanhol e inglês. De segunda a sexta, as visitas têm duração de 60 minutos. Aos domingos, a duração é de 40 minutos. Aos sábados o local não abre para visitação.

Os túneis
Detalhe
Os túneis

Localização: Rua Defensa, 755. Aos sábados não está aberto à visitação.

Visitas Guiadas: de segunda a sexta - Espanhol: 13h e Inglês: 12h, 14h, 15h
Valores: $300 (pesos argentinos)

Visitas Guiadas: domingos - Espanhol e Inglês: 11h às 17h30 (a cada 1/2 hora)
Valores: $250 (pesos argentinos)

Galeria El Solar de French:

Outro casarão famoso da Calle Defense e em frente à Praça Dorrego é a Galeria El Solar de French, um lugar florido, com lojas de prataria, artigos em couro, artesanatos e peças de arte. Neste endereço nasceu e viveu Domingo French, um militar revolucionário que participou da Guerra da Independência da Argentina e da Revolução de Maio, tornando-se uma figura histórica importante no país do Tango.


Solar de French

O edifício deixado como legado de seu passado é carregado de charme, bem arejado e carregado de flores na área externa. Mal dá para imaginar que mais de 200 anos de história estão ali. Depois de ficar um período amargurando o abandono, a casa foi restaurada, ganhou elementos arquitetônicos neocoloniais em meados de 1930 e foi ocupada novamente.

Na Galeria Solar de French, além de encontrar uma variedade de coisas diferentes, terá de presente uma passarela de guarda chuvas coloridos para tirar aquela foto especial.

Os guarda-chuvas coloridos ou paráguas 

Foi neste espaço que designers e artistas independentes, brechós, antiquários e marcas descoladas encontraram um lugar para chamar de seu, transformando-o numa divertida opção de compras em San Telmo. É o caso da galeria de arte Las Meninas, dedicada a mostras temporárias e venda de obras de artistas locais.


Galeria Las Meninas

Os amantes da sétima arte e da música não podem deixar de ir na Fred y Ginger, um antiquário dedicado ao cinema e a peças publicitárias, comandado por um casal da terceira idade. Pôsteres históricos de filmes e de shows de tango forram as paredes, dando a chance de você não apenas observar mas levar um para casa.

Fred y Ginger

E não são só lojas na Galeria Solar de French... olha que encanto esse carrinho que vende artesanato, souvenirs e lembrancinhas super originais. Me encantei tanto assim porque me lembra um carrinho que fiz em miniatura e que decora um dos meus inúmeros quadros de minis.


Um carrinho muito lindo
Lembrancinhas e mais lembrancinhas

Para continuar no clima das décadas passadas, vá ao Gustavo Óptica Vintage, onde as armações de óculos de grau e escuros são do tempo da vovozinha, sem deixar de ter estilo. Além disso, também vende acessórios como bolsas, modelos únicos de um passado cada vez mais presente nas ruas. E outro ponto que não passa despercebido é a loja Ventos del Sur, morada de magos, gnomos, fadas e duendes. São de enfeite, é claro, mas tudo vai depender do que você acredita. As prateleiras e o teto são forrados de coisas, prendendo a atenção do público neste mundo fantasioso.


Gustavo Óptica Vintage
Ventos del Sur

Um dos destaques gastronômicos da galeria é a La Casa del Dulce de Leche, uma loja dedicada ao doce mais famoso da Argentina. Porém, suas prateleiras estão recheadas com marcas variadas, que expõem vinhos, licores, alfajores, bombons, geléias e potes de doce de leite artesanal em tamanhos que condizem com a sua fome. Talvez este seja o melhor lugar para comprar, especialmente porque eles fazem degustações gratuitas, assim todos podem eleger qual irão comprar. Tem opções sem açúcar, sem lactose, sem glúten e até um misto de chocolate com doce de leite vendido no pote. Cuidado para não gastar todos os seus pesos nessa galeria, hein!


La Casa del Dulce de Leche

Antiga Tasca de Cuchilleros:

A Antigua Tasca de Cuchilleros é uma das poucas casas coloniais ainda existentes em Buenos Aires. A construção remonta ao ano de 1730 e está localizada na Calle Carlos Calvo, 319. As paredes desta casa, construída no final do século XVIII e início do século XIX, encerram uma trágica história de amor. 

Aqui morou Margarita, a filha do sargento Oliden, membro da Mazorca, organização que apoiava o governador Juan Manuel de Rosas. Seu pai desejava que ela se casasse com Ciriaco Cuitiño, chefe dos mazorqueiros de então. Porém, Margarita se enamorou perdidamente pelo repentista Juan Cruz Cuello e, não ouvindo seu pai, fugiu com seu amado. 

A jovem teria escapado de sua casa através de uma passagem subterrânea que a ligava à Igreja de Nossa Senhora de Belém, aparentemente construída para contrabando. Ela escapou com seu amante, mas eles foram perseguidos pelas forças de Cuitiño, que os encontraram na cidade de Luján. Lá, Margarita foi mortalmente ferida por uma bala e foi levada de volta para sua casa, onde ela finalmente morreu. Hoje um restaurante está funcionando no local.


Antiga Tasca del Cuchilleros

Os Museus de San Telmo:

Três museus estão localizados no bairro: o Museu de Arte Moderna de Buenos Aires (MAMBA), o Museu Histórico Nacional e o Museu de Arte Contemporânea de Buenos Aires (MACBA).

O Museu Histórico Nacional possui uma variedade de objetos que contam a história da nação Argentina. Já o MAMBA é imperdível para quem gosta de arte moderna, com um acervo que inclui obras de pintores famosos como Salvador Dali, Picasso, Joan Miró, Henri Matisse, entre outros. Já o MACBA em menos de dez anos de sua fundação, virou referência em difundir expressões artísticas atuais de nomes argentinos e latino-americanos.
Museu Histórico Nacional
MAMBA
MACBA

Para quem gosta de turismo religioso, em San Telmo existem quatro igrejas que merecem a visita. Um delas é a Igreja de Santo Domingo, que fica na esquina da Defensa com a Belgrano. A segunda igreja é a de San Pedro, pertinho da Plaza Dorrego, no coração da Feira de San Telmo. A Igreja Ortodoxa Russa da Santíssima Trindade, chama atenção de quem passa em frente por seu conjunto de cinco cúpulas turquesa, tão características da arquitetura moscovita do século XVII. E por fim, a Igreja Dinamarquesa que teve sua construção financiada pela comunidade dos imigrantes dinamarqueses de Buenos Aires, com ajuda da organização da Igreja Dinamarquesa no Exterior. Como é possível apreciar na torre e nos tetos, seu estilo é neogótico. 

Igreja de Santo Domingo
Igreja de San Pedro

Igreja Ortodoxa Russa


Igreja Dinamarquesa

Quando "bater" aquela fome!!!

No Mercado San Telmo tem um ótimo lugar para comer, na barraca da Tucumana, perto do Posto 43 e lá você vai encontrar uma das melhores empanadas de Buenos Aires e os melhores doces tradicionais, além de uma Quilmes geladona.

Ainda falando em comida, é em San Telmo que fica a Hamburgueria Perez-H, a melhor de Buenos Aires e com o preço super honesto. É uma hamburgueria artesanal bem pequena que fica na rua principal do Bairro de San Telmo. Mas nunca julgue o lugar pelo tamanho, o que o espaço tem de pequeno, tem de grandioso no sabor dos hamburguers, isso para não falar das batatas fritas rústicas.

Hamburgueria Perez-H

San Telmo também está repleta de bons restaurantes, cafés e muitas barraquinhas de comida de rua. O Coffee Town é considerado um dos melhores cafés de Buenos Aires, no Mercado San Telmo. E o Café del Arbol em frente a Plaza Dorrego é um dos favoritos de muita gente. O lugar parece que parou no tempo, é tudo antigo mesmo, tem um pequeno palco onde um casal dança tango enquanto você come, é sensacional!

Coffee Town
Cafe del Arbol

O que não falta por aqui são endereços para paradas estratégicas, de bodegones, como são chamados os bares tipo botecos. Nessa categoria, o bar da Cerveza Patagonia é um daqueles feitos especialmente para provar os rótulos que nasceram na cidade de Bariloche e já conquistaram fãs fiéis na capital. Em San Telmo tem em dois endereços, que eles chamam de “refúgios”, no coração do bairro, na Plaza na Dorrego e na Calle Perú esquina com Calle México. 

Cerveza Patagonia

Dicas importantes:

• Tome muito cuidado com seus pertences quando visitar a feira, pois como é um lugar mais movimentado, os turistas distraídos com as compras acabam sendo um alvo fácil para os batedores de carteira. Então fica a dica, evite caminhar com celular na mão e deixe sua bolsa ou mochila na sua frente.

• Já houve relatos de turistas que receberam troco com nota falsa de 50 pesos. Para quem visita Buenos Aires, é bom salientar que este tipo de golpe é bem frequente em alguns lugares e por taxistas.

• Se você odeia muvuca e quer evitar a multidão de pessoas, a dica é: deixe para visitar a feira na parte da manhã, pois ela fica lotada durante a tarde. A dica que me deram é de visitá-la entre 10h e 14h.

• Cuidado com aquele impulso de consumidor que não pode ver uma coisa legal pela frente que já quer comprar tudo de uma vez. Avalie o preço e analise se realmente vai precisar daquilo, pois é fácil fácil torrar seu rico dinheirinho em menos de 10 minutos caminhando pela feira. Aliás, outra dica, pesquise, pois tem barraquinhas com preços mais camaradas para o bolso do turista.


Como chegar a Feira de San Telmo:

Endereço: Praça Dorrego, Rua Defensa e Humberto I, San Telmo.
Linhas de ônibus: 22, 24, 28A, 28B, 29, 33, 54, 61, 62, 74, 86, 93, 126, 130, 143, 152 e 159.
Você pode chegar caminhando a partir da Plaza de Mayo, 10 blocos.
Horários: Domingos das 10 a 17 hs.



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